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Da bateria ao satélite, são 43 anos de empreendedorismo

Para início de conversa é bom dizermos que Fran­cisco das Chagas Bezerra é um ­apaixonado por eletrônica. Quando ado­lescente, na ­época da Se­gunda Guerra, Bezerra ­escarafunchava todo tipo de aparelho que lhe caía nas mãos na tentativa de consertá-los ou, simplesmente, entender como funcionavam.
Foi assim que resolveu fazer um curso de eletrônica por correspondência, nada de mais se o curso não fosse o National School, em Michigan, nos Estados Unidos, com o pagamento tendo de ser enviado em dólares dentro de cartas, e as apostilas vindo inteiramente em inglês. O futuro empreendedor fez o curso completo e os conhecimentos adquiridos lhe abriram as portas do sucesso nos negócios.
Durante a década de 1950, numa Manaus onde, lembrou Bezerra, “a cidade não passava de um porto de lenha”, o jovem começou a ganhar a vida fazendo pequenos consertos de aparelhos de rádio. “Os rádios da época, como a cidade não tinha energia, funcionavam com bateria, uma bateria do tipo dessas de automóvel. Em minha oficina eu ­idealizei umas adaptações nos rádios, utilizando pilhas no lugar da bateria. Em pouco tempo ­fiquei cheio de trabalho com gente chegando de tudo que era interior para eu fazer a adaptação. Tive que colocar até minhas irmãs me ajudando”.
Com algum dinheiro capitalizado, em 1965, então com 35 anos, Bezerra resolveu comprar uma casa velha localizada na esquina das ruas Costa Azevedo com 24 de maio e abriu a empresa Comercial Bezerra Ltda. Sua intenção era comercializar aparelhos de comunicação como rádios-comunicadores, rádios-amadores e equipamentos de medição.
No auge das vendas, a Comercial Bezerra chegou a vender 40 rádios-amadores por mês, pouquíssimos se comparados à quantidade de celulares que se vende ­diariamente na cidade nos dias de hoje, mas naquela época Manaus beirava os 300 mil habitantes.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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