O Amazonas apresentou o segundo menor índice de evolução nos custos da construção civil entre abril e maio (+0,29%), percentual que não ultrapassou a média da inflação mensal. No ano, a variação foi de 1,14% e no comparativo dos 12 meses, 5,75%. Em maio, o custo médio por metro quadrado na região foi de R$ 814. Os dados são da pesquisa local do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que aponta como únicos responsáveis por essa pequena variação os insumos da construção civil. “O reajuste dos salários e a mão de obra não tiveram efeito no índice, já que são determinados a partir da data base da categoria”, informou o Supervisor de Disseminação de Informações do IBGE/AM, Adjalma Jaques Nogueira.
A pesquisa, realizada pelo convênio com a Caixa Econômica, levou em conta 69 produtos dos quais 21 apresentaram evolução. Em comparação ao mesmo mês em 2010, 80,3% dos produtos tiveram aumento acima da inflação da época (+6,65%). O vidro liso incolor, por exemplo, teve aumento de 15,6. No entanto, 11 outros produtos tiveram queda no custo, a exemplo de banca de mármore (-8,33%), barra de aço vergalhão (-6,18%) e torneira de metal cromado (-7,2%). “São produtos que não possuem produção local, encarecendo o custo final para o mercado amazonense. Mesmo assim, o acumulado do ano no Estado ainda é 50% menor que a média nacional, indicando que quase na metade de 2011, se considerarmos a elevação pela inflação, ainda temos condição de manter o embalo de crescimento na construção local”, pontuou.
Segundo Nogueira, por estar abaixo da taxa de inflação, o indicador do Amazonas não sofreu com os efeitos da alta dos juros no mês passado.“Com o nível de aumento tolerável, a tendência do mercado é continuar aquecido. Isso, se depender única e exclusivamente dos preços dos insumos, que podem continuar estimulando o aquecimento do setor”, analisou.
A pesquisa visitou 220 estabelecimentos comerciais de material de cons‑ trução e empresas de mão de obra do setor. A pesquisa ajuda a subsidiar os custos da construção civil dentro do ramo em que a atua a Caixa Econômica.
Índice nacional
O índice nacional, calculado pelo IBGE em convênio com a Caixa apresentou variação de 1,50% contra a evolução do mês de abril que foi de 0,48% e inferior 0,11 ponto a maio de 2010 que fechou com 1,61%. A alta desde janeiro de 2011 está em 3,20% enquanto que no mesmo período do ano passado ficou em 3,64%. Em um ano, a evolução ficou entre 6,88% abaixo do índice do 2009.
