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Curva da covid entre maio e junho apresenta queda no Amazonas

Curva da covid entre maio e junho apresenta queda no Amazonas

A quantidade de amazonenses que relatou sintomas associados à covid-19, como perda de olfato ou paladar, tosse, febre, dificuldade de respirar e dor no peito, despencou 58,4%, entre maio e junho. O contingente de pessoas nessa condição foi de 148 mil (3,7% da população), no mês passado – contra as 356 mil (ou 8,8%) de maio. Os dados estão na Pnad Covid19, do IBGE.

Em 7,7% (75 mil) de todos os domicílios do Amazonas, havia ao menos um morador que relatou ter apresentado um ou mais sintomas conjugados. Nas residências com idosos, o percentual foi de 7,3% (18 mil). No mês anterior, os números relativos foram de 19,1% (185 mil) e de 16,2% (40 mil), respectivamente. E 38,8% (57 mil) das pessoas com sintomas conjugados que podem estar relacionados à covid-19, procuraram atendimento médico em junho, fatia maior do que a apesentada em maio (24,4%).

O levantamento é uma versão da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e foi realizado com apoio do Ministério da Saúde, mas conta com metodologia diferente. O IBGE destaca que a identificação de ter ou não apresentado o sintoma da covid-19 é feita pelo próprio morador do domicílio e que esta não se pressupõe um diagnóstico médico. 

A região Norte foi, em junho, assim como em maio, aquela que apresentou o maior percentual de pessoas com algum sintoma gripal (8,9%, equivalente a 1,2 milhões de pessoas), assim como o maior percentual de pessoas com algum dos sintomas conjugados (3,1% ou 564 mil de pessoas). A região foi seguida de perto pelo Nordeste (8,4% e 1,6%) e mais de longe por Sudeste (6,8% e 0,7%), Sul (6,6% e 0,4%) e Centro-Oeste (6,4% e 0,9%).

Mesmo assim, os números das unidades federativas da região Norte recuaram 63,7% e 60,3%, respectivamente, na comparação de junho com maio – quando 18,3% (3,3 milhões) tiveram sintoma gripal e 7,8% (1,4 milhão) sofreram sintomas conjugados.

Sem plano

Em torno de 25,8% (88 mil) das pessoas que apresentaram algum dos sintomas pesquisados procurou atendimento médico, mais do que no mês anterior (16,7%). O IBGE-AM salienta, contudo, que a quantidade de amazonenses que apresentou algum dos sintomas gripais e foram a estabelecimentos de saúde foi bem maior em maio (127 mil). “Com a queda do número de pessoas com sintomas, um maior percentual de pessoas que precisavam procurou um estabelecimento de saúde para atendimento”, explicitou a representação local do órgão, no texto distribuído à imprensa.

Entre aqueles que apresentaram algum dos sintomas conjugados, o percentual de procura foi de 38,8% (57 mil). A sondagem mostra que o número de pessoas com esses sintomas que buscaram atendimento especializado foi menor em relação ao mês anterior (87 mil). “Entretanto, o percentual de pessoas que sentiram sintomas conjugados e que buscaram estabelecimento de saúde foi maior, pois, em maio, foi de 24,4%, apenas”, frisou o texto.

O IBGE informa que a procura por atendimento poderia ser feita em mais de um estabelecimento, seja na rede pública de acesso a toda população, seja na rede privada. O Instituto aponta, por outro lado, que a maioria dos amazonenses (3,55 milhões ou 88,6%) não possuía plano de saúde, e que os habitantes do Estado que usufruíam desse beneficio não passou de 458 mil (11,4%), em junho.

“Tendência de amenização”

Em sua análise para o Jornal do Commercio, o geógrafo e supervisor de disseminação de informações do IBGE-AM, Adjalma Nogueira Jaques, avaliou que os números da covid-19 seguem candentes no Amazonas, apontando um viés de baixa para o Estado, nos próximos meses. O pesquisador diz que, diferente do ocorrido em outras unidades federativas, também não vê a chegada de uma segunda onda em solo local, no horizonte imediato.  

“De uma maneira geral, todos os números de junho foram melhores que maio para a população do Estado. Isso demonstra que as pessoas já estavam mais adaptadas às condições de saúde causadas pelo vírus. Por outro lado, o acesso ao sistema de atendimento médico estava menos conturbado. A tendência é que, a cada mês, os números estejam sendo amenizados, até que venha a prevenção definitiva”, arrematou.

Marco Dassori

É repórter do Jornal do Commercio
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