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Curso gratuito volta-se a futuros cineastas amazonenses

Nunca foi tão fácil fazer cinema, em Manaus, com vários profissionais da área dispostos a ensinar o que sabem, como agora, com o curso gratuito ‘Nosso primeiro filme’. Contemplado pela Lei Aldir Blanc, através do Prêmio Feliciano Lana, da SEC (Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa), o curso propõe um panorama dos principais setores envolvidos no processo de realização de um filme, e será dividido em seis módulos: roteiro, produção, fotografia, captação de som, composição de trilha sonora e edição.

“Pretendemos apresentar o fazer audiovisual de forma simples, porém, com direcionamentos técnicos que visem à qualidade da obra como um todo. Vários cursos já foram oferecidos nessa área, e o ‘Nosso primeiro filme’ vem somar aprendizado, tendo em vista a enorme demanda de interessados na produção audiovisual em nosso Estado e cidade”, falou a produtora audiovisual Saleyna Borges, coordenadora do projeto que originou o curso.

Saleyna Borges, coordenadora do projeto que originou o curso
Foto: Divulgação

Os participantes aprenderão sobre seis etapas importantes na produção de um filme, com aulas teóricas e práticas. O curso pretende despertar o interesse pela produção, pelo fazer filme, seja ele ficção, documentário, videoclipe, série de TV ou conteúdo para redes sociais. Tendo em vista que uma faculdade de cinema dura quatro anos ou um curso técnico dura dois anos e meio, o ‘Nosso primeiro filme’ trará noções básicas sobre cada módulo oferecidas para quem, no futuro, desejar se profissionalizar.

Equipe de instrutores

O curso será presencial, com apenas 13 vagas, obedecendo todos os protocolos de segurança no combate ao coronavírus, com disponibilidade de máscaras e álcool em gel para os participantes.

A proposta busca, principalmente, promover a troca de experiências entre novos entusiastas da sétima arte e profissionais manauaras que já atuam na área como produtores, roteiristas, fotógrafos, iluminadores, sounds designers, documentaristas e outros profissionais.

“Nossa intenção é que o aluno possa interagir com as aulas práticas, e vivenciar a experiência de um set de filmagem”, disse.

A equipe de instrutores é formada pelo produtor audiovisual Thiago Morais, que além de publicitário, é cineasta formado pela UEA e coordenador das OPAs (Oficinas de Audiovisual) do Museu Amazônico. Ele vai ministrar os módulos de direção de fotografia e edição. A produtora audiovisual Helione Meireles é formada no curso de audiovisual da UEA e é especialista em captação de som, tendo atuado em diversas produções amazonenses. O módulo de composição de trilha sonora será ministrado pelo compositor César Lima, que atuou no corpo artístico da SEC e já trabalha com composição de trilhas para cinema e games. O jornalista e crítico de cinema Ivanildo Pereira é roteirista e atua no audiovisual desde 2002. Ele será instrutor de roteiro e trará o passo a passo para a produção de um bom roteiro fílmico. O módulo de direção de produção será ministrado por Saleyna, que atua no audiovisual amazonense desde 2002, tendo produzido curtas-metragens próprias e filmes de outros diretores.

O projeto final do curso será a produção de um curta-metragem, realizado pelos próprios alunos.

Profissionais já temos

“A proposta é que cada participante possa atuar em suas próprias produções e encontre seus espaços no mercado audiovisual amazonense. Costumo dizer que a capacidade profissional e técnica de cada um, define seus passos. Alguns já possuem dons natos e outros desenvolvem seus dons a partir da prática. Esperamos que o curso possa desempenhar esse papel”, acrescentou.

As inscrições para o curso, abertas a maiores de 18 anos, serão realizadas por meio de cadastro online, preenchido via Google Forms, no período de 24 a 30 de março. O link será disponibilizado na página do Facebook ‘Nosso Primeiro Filme’. O resultado dos selecionados será divulgado no dia 1º de abril, nas redes sociais e através de e-mail. Os interessados deverão ter disponibilidade de horário integral, no período de 5 a 9 de abril, quando acontecerão as aulas teóricas e práticas.

“O audiovisual amazonense está em ritmo de crescimento e acredito que não vai recuar. Os editais da Lei Aldir Blanc possibilitaram que ótimos trabalhos fossem executados e muitos filmes já estão colhendo os bons frutos, podendo participar de festivais importantes. Vários grupos estão se organizando e já existem muitas produtoras atuando no mercado local”, informou. 

Saleyna trabalhou por muitos anos na coordenação de audiovisual da SEC e conheceu uma infinidade de diretores, técnicos e produtores de audiovisual.

“Ainda estamos caminhando para termos uma Lei que possibilite o fluxo constante de apoio a projetos de cinema, de séries de TV, de games, de conteúdos para mídias sociais e as outras infinidades de formatos audiovisuais. Profissionais, temos de sobra”, concluiu.

Foto/Destaque: Divulgação

Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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