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CRISE

O diretor de Assuntos Institucionais da GM (General Motors), Luiz Moan, falou nesta sexta-feira (3), pela primeira vez, de forma oficial, que a empresa desligou 1.053 trabalhadores da área de montagem e de manuseio da sua unidade fabril de São José dos Campos (SP). Ainda de acordo com o executivo, que falou rapidamente com os jornalistas após ter se reunido com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em São Paulo, ele já teria conversado com o ministro do Trabalho, Manoel Dias, e afirmado a ele que “não há a menor possibilidade de reversão” das demissões.
Segundo Moan, Mantega convocou a reunião para manifestar a preocupação do governo com as demissões em São José dos Campos. Perguntado pelo Broadcast se a GM não teria assinado uma cláusula de manutenção do emprego no âmbito do acordo que reduziu o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) dos automóveis, Moan disse que sim e que não só o cumpriu como aumentou em 10 mil o total de trabalhadores da empresa.
“A redução do IPI ocorreu em maio de 2012 e desde lá aumentamos o número de trabalhadores de 145 mil para 155 mil. Não só cumprimos o acordo como elevamos o total de trabalhadores”, disse o diretor da GM. Pelo que explicou o executivo, o processo de demissão que se concluiu em dezembro de 2013 constava de um acordo assinado entre a montadora e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos em janeiro de 2013. “E acordo assinado é acordo que deve ser cumprido”, disse Moan.
Ainda de acordo com ele, as demissões se deram por conta do insucesso na negociação com o Sindicato de São José para que fossem feitos investimentos na linha de abastecimento e montagem do modelo Classic. “Desde de 2008 estamos tendo dificuldades de acordo com o Sindicato”, reiterou o diretor da GM, acrescentando que por causa disso a montadora perdeu projetos.
O modelo Classic, de acordo com Moan, continuará sendo produzido nas fábricas de São José dos Campos e em Rosário, na Argentina. O complexo fabril da GM em São José, de acordo com o diretor, é formado por oito fábricas e apenas uma delas está com problemas.
Moan explicou ainda que dos 1.053 demitidos, boa parte foi desligada por adesão a quatro PDV (Programas de Demissões Voluntárias). Perguntado sobre qual seria o número de funcionários que se desligaram da montadora por meio dos PDVs, ele disse que só divulgará os dados após informá-los ao sindicato.

Setor tem primeira retração em dez anos
Apesar do bom movimento nas concessionárias em dezembro, a previsão de queda nas vendas de automóveis de passeio e comerciais leves em 2013 foi confirmada hoje.
De acordo com dados divulgados pela Fenabrave (federação dos distribuidores de veículos), houve redução de 1,61% nos emplacamentos na comparação com 2012. Trata-se da primeira queda desde 2003.
Foram comercializadas 3,57 milhões de unidades no ano passado, ante 3,63 milhões em 2012.
O aumento das vendas em dezembro, último mês de IPI reduzido, resultou em crescimento de 16,6% nos emplacamentos de carros de passeio e comerciais leves na comparação com novembro.
Contudo, as 335.948 unidades vendidas no mês passado ficaram distantes do necessário para que a indústria registrasse uma nova elevação. O segmento de veículos de passeio e comerciais leves vinha batendo recordes seguidos de vendas nos últimos dez anos.
Já o segmento de veículos pesados (caminhões e ônibus) registrou crescimento de 14,4% entre 2012 e 2013.
No ranking das marcas, a Fiat manteve a liderança em 2013 com 21,34% de participação no mercado, seguida por Volkswagen (18,64%), GM (18,17%), Ford (9,37%) e Renault (6,61%).

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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