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Crise não atinge produtos natalinos em supermercados

Uma pesquisa sobre vendas de produtos natalinos no setor supermercadista realizado pelo Departamento de Economia e Pesquisa da Abras (Associação Brasileira de Supermercados) revela que haverá um aumento de 0,67% este ano.

E em meio à crise econômica, alguns empresários de Manaus estão otimistas com o aumento nas vendas de seus produtos natalinos. Exemplo de uma boa expectativa é da rede de supermercados Atack que, de acordo com o diretor-executivo da rede, José Miranda, espera que suas vendas para o final do ano sejam de 25% em relação ao ano de 2015, que foi de 19%.

“Nos últimos meses tivemos um crescimento nas vendas acumulados superior a 20%. E acreditamos que devemos fechar as vendas em dezembro bem a cima do esperado”, diz o diretor otimista.

Miranda revela que o sucesso do crescimento nas vendas dos produtos se dar por conta do modelo de negócio ‘Atacarejo’ da empresa, que possibilita também uma economia para o bolso dos seus clientes. “Em função da crise que a economia está passando as pessoas estão buscando comprar os mesmos produtos e as mesmas marcas que já compravam por preços mais acessíveis. É por isso que esse nosso modelo vem obtendo sucesso”.

Sobre os produtos a serem mais vendidos para o Natal, José acredita que a empresa está em um crescimento equilibrado, mas nessa época do ano a maior busca ainda são os produtos da cesta básica -como feijão, arroz e macarrão. “Com 13 anos de existência do Atack em Manaus, pude observar que as famílias manauaras vêm experimentando um crescimento contínuo em suas compras. E como esse modelo que acreditamos dar certo, possibilitamos ao nosso consumidor uma economia do bolso dele de 12 a 15% em relação aos ofertados pelos supermercados convencionais. Então o nosso consumidor está entendendo isso, como benefício para o bolso dele”, finaliza o diretor.

Supermercado

Já para o gerente de vendas do Grupo DB, Guto Corbett, há uma estabilidade para as vendas dos produtos no período natalino nas 27 lojas do grupo. “Acredito que teremos apenas 5% de aumento nas vendas dos nossos produtos natalinos em relação ao ano passado. A crise intimidou os nossos clientes para a compra durante o ano todo, mesmo com a inflação congelada e o arrefecimento nos preços dos produtos cotados em dólar como o bacalhau, o azeite e o vinho importado, que ainda continuam com seus preços um pouco salgados para o bolso do brasileiro”, disse ele.

Dentre os produtos que serão mais vendidos para este ano nos supermercados DBs , o gerente aposta no Peru, Tender, Bacalhau, e no carro chefe, as bebidas, como sucos, refrigerantes e alcoólicas.

Guto explicou ainda que, com a crise, os seus clientes passaram a ser mais cautelosos em suas compras. “Vejo que assim como todo o ano, os nossos clientes também irão correr atrás de promoções para as compras do final do ano. Por isso a empresa já está se preparando para atendê-los da melhor forma”, disse ele.

Mercadinho

Já os mercados de pequeno porte ou mercadinhos, a expectativa para a compra e a revenda de produtos natalinos para este ano ainda é meio tímida, se for feita em larga escala por conta da crise.

Quem explica este conceito é o comerciante do Mercadinho Jesus Me Deus, localizado no bairro Colônia Santo Antônio, zona Norte de Manaus, Graciano Monteiro.

O comerciante disse que este ano, por conta da crise econômica no país, as vendas dos produtos de seu estabelecimento tiveram uma queda considerável, em relação ao ano anterior, que foi de 60 a 30%, respectivamente.

“Esperamos que os nossos clientes venham procurar mais os produtos básicos como arroz, feijão, carne, para a sua ceia. Mas, mesmo assim, ainda receio a compra em excesso de produtos específicos para a ceia natalina. Prefiro ter cautela, pois acho que esta crise mudou o comportamento dos meus clientes, principalmente com o desemprego e com aumento nos valores de alguns produtos, principalmente os importados”, disse ele.

Pesquisa

Segundo a pesquisa da Abras, na visão dos empresários do setor, o refrigerante e a cerveja, itens muito consumidos em datas festivas, serão os que apresentarão melhor resultado nas vendas reais, 4,43% e 4,08% respectivamente. Seguidos do frango congelado, 3,66%, e do peixe congelado, 3,19%. Já os vinhos nacionais apresentaram queda de -1,05% nas perspectivas de vendas em comparação com 2015.

E dos produtos típicos do Natal e Réveillon, a pesquisa aponta que as frutas secas (2,68%) e o panetone (2,12%) lideram as projeções de vendas dos supermercadistas. Em contrapartida, o peru, ave tradicional e muito consumida no Natal, registrou queda de -1,55% na expectativa de venda em relação ao ano anterior.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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