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Crise na aviação civil gera queda de até 50% na procura por táxi-aéreo no Estado

Os reflexos gerados pela crise do sistema aéreo nacional incidem diretamente nas empresas locais de aviação executiva, as quais registraram retração na demanda por serviços entre 40% e 50% no primeiro semestre de 2007, ante o mesmo período do ano passado. Como dependem basicamente da atividade turística para manter os negócios, empresários da área continuam apreensivos por causa da queda na procura por passagens aéreas, que apresentaram declínio de 20% em julho deste ano, em relação a igual época de 2006.
Para a CTA (Cleiton Táxi-Aéreo), a queda na demanda por serviços chegou a 40%, nos primeiros seis meses do ano, em comparação com igual período de 2006. De acordo com o diretor comercial da empresa, Mauro Paulino, o caos no tráfego aéreo e os dois últimos grandes acidentes aéreos nacionais, envolvendo o Airbus JJ 3054 da TAM, no mês passado e do Boeing 737, vôo 1907, da Gol, há dez meses, contribuíram significativamente para os maus resultados.
“As empresas de aviação executiva de Manaus dependem especificamente da aviação nacional, pois a maior parte das pessoas utiliza o serviço com fins turísticos, como por exemplo, para temporadas de pesca esportiva. Quando acontecem fatos como esse, todo mundo fica com medo de viajar e aí é diversos ramos são atingidos negativamente”, explicou.
Conforme o diretor comercial, cerca de 80% dos clientes da empresa são formados por turistas provenientes das regiões Sul e Sudeste do país, que também desistiram de viajar por conta dos atrasos e cancelamentos de vôos nos aeroportos brasileiros. “É muito natural agora que estas pessoas procurem outros tipos de atividades turísticas, que não envolvam deslocamento realizado por meio de aeronaves”, completou.

Diversificar é melhor saída

Segundo Mauro Paulino, outro fator que colabora para a queda na demanda de táxi-aéreo são os preços dos vôos. No caso da CTA, a hora-vôo em um modelo CNK-3, bimotor e com capacidade para cinco passageiros custa R$ 1.950, enquanto no Grand Caravan, para nove pessoas o preço sobe para R$ 2.600. “Infelizmente ainda temos mais este agravante. Não é que estejamos cobrando valor excessivo pelo trajeto, afinal esta é uma média local. O Amazonas é um Estado grande e as viagens demandam estes custos”, afirmou.
Para tentar fugir dos problemas trazidos pelo apagão aéreo, a CTA adquiriu em abril deste ano uma aeronave para realização de serviços aeromédicos, pelo valor de R$ 2 milhões. De acordo com o diretor comercial, esta é uma forma de tentar diversificar o público alvo e assim amenizar os prejuízos.
“Atualmente contamos com uma equipe de 12 enfermeiros e quatro médicos e uma aeronave equipada com um CTI (Centro de Tratamento Intensivo), que pode se deslocar para qualquer parte do Brasil. Temos uma boa expectativa para este negócio e esperamos crescer até 30% no segundo semestre”, disse.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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