Em conseqüência da crise econômica internacional, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) decidiu adiar a entrega do Orçamento Geral da União de 2009 à Comissão Mista de Orçamento do Congresso, prevista para hoje. Como o prazo para a apresentação da proposta termina no dia 21 de outubro, Delcídio preferiu esperar os desdobramentos da crise e a reestimativa de gastos do governo federal para o ano que vem -provocada pela turbulência nos mercados internacionais.
O relator da peça orçamentária pretende incluir na proposta um fundo de contingência para criar reservas ao país em 2009, caso a crise internacional ganhe força. “Essa reserva cria condições para flexibilizar o Orçamento. Foi feita uma reavaliação de receita, trouxemos para um valor menor. Em função das conseqüências desse processo, vamos reavaliar item a item para criarmos um Orçamento que reflita a situação que o país venha a enfrentar”, disse o relator. Apesar da crise, Delcídio afirmou que o texto mantém a previsão de crescimento de 4,5% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2009. O senador disse que poderá haver mudanças na previsão de crescimento em conseqüência da crise, mas inicialmente se propôs a manter o percentual estimado pelo governo.
Segundo o senador, o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) vai encaminhar ao Congresso até o dia 21 de outubro as mudanças do governo na peça orçamentária devido à crise internacional.
“Precisamos de austeridade, prudência, cautela para que a gente faça uma peça orçamentária que não se transforme em uma peça inexeqüível e, nessa altura do campeonato, irresponsável”, afirmou.
Delcídio disse que a reserva que será incluída no texto poderá ser utilizada para aumentar o superávit primário, mas ressaltou que caberá ao governo optar por essa alternativa. “Todo governo pode fazer uma série de ajustes. Até o dia 21, teremos margem para discutir. Eu acho prudente adiar porque, em situação de instabilidade, quem sabe não aparece algum fato novo?”, questionou.
Crise internacional faz relator adiar entrega
Redação
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