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Crise alavanca setor de locação

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Pequenas empresas usam mais frota alugada e minimizam queda

As locadoras de automóveis já observam um aumento da procura de micros e pequenas empresas por terceirização de frota. Para executivos, as empresas estão optando por vender frotas próprias para conseguir aumentar o fluxo de caixa e reduzir custos.
Segundo o presidente do Sindiloc (Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo), Eládio Paniagua Júnior, o serviço de terceirização de frota caiu entre 5% e 8% no primeiro semestre. Mas para ele, o resultado não foi tão ruim quanto parece. “Enquanto grandes empresas reduziram seu quadro de funcionários, e consequentemente o número de veículos alugados, as MPEs (micros e pequenas) começaram a se interessar mais”, afirma. Outro fator que fez acelerar a procura pelo serviço foi a necessidade das MPEs em aumentar o fluxo de caixa com a venda dos veículos próprios. “O principal ativo vendido pelas empresas é o carro”, explica. Para ele, um dos motivos que provocou a queda na procura das grandes empresas é o desempenho do ramo da construção civil -um dos maiores alvos do setor. “Em contrapartida já estamos vendo a procura de bancos e empresas de segurança e de telecomunicações aumentando. Acreditamos que esta demanda deve aumentar a procura em 5% no segundo semestre”.
De acordo com o executivo, para passar pelo período desaquecido as locadoras devem começar a explorar o mercado das empresas que estão surgindo, além de procurar os nichos mais aquecidos. Para ilustrar o mercado, Paniagua que também é franqueado da locadora Yes, em São Paulo, contou que a empresa teve de aumentar a sua frota para atender a alta da procura por aluguel diário neste semestre. Já a sua outra locadora, da bandeira Point Rent a Car -que é especializada em terceirização de frota -teve queda de 10% da procura. “Mas já estamos com uma forte estratégia. Vamos procurar empresas de segurança e farmacêuticas”.
Alta
Helio Borenstein II, diretor-financeiro do Grupo Marbor também acredita que a estratégia neste cenário é buscar a diversificação dos clientes. “As grandes empresas já conhecem os benefícios da terceirização de frota. Agora é necessário mostrar para as pequenas que o serviço permite se dedicar mais à sua atividade fim, para ampliar a sua capacidade de investimento”.
Para ele, mesmo desvalorizado o veículo à venda ajuda a ampliar o fluxo de caixa de maneira imediata. Mirando nestes clientes, nos últimos meses a empresa, que esperava 5% de crescimento da demanda no ano, já superou a meta. “Devemos fechar 2015 com aumento de 7,3%. As empresas de pequeno porte tiveram 50% de alta na nossa base de contratos”, revela. Outra vantagem trazida pelo cenário econômico é a facilidade de conseguir automóveis. “Com o estoque na indústria fica mais fácil conseguir o carro solicitado pelo cliente”. Ao perceber o maior interesse dos clientes, a empresa passou de 934 automóveis em dezembro para 1.016 veículos em sua frota. Em 2014, a Marbor faturou R$ 30 milhões.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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