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Criatividade para lucrar com a Copa

Tanga verde e amarela com bojo, gel corporal de caipirinha, bombom de pequi (um fruto do cerrado brasileiro), chinelos com a bandeira do Brasil, pinturas que representam a cultura brasileira, chapéu dobrável para assistir aos jogos, mesas e cadeiras que formam o desenho da bandeira nacional, cupcakes decorados com camisas da seleção, café com tema do Maracanã. Parece não ter fim a lista de produtos desenvolvidos por brasileiros para ganhar um dinheiro extra durante a Copa do Mundo. Por todo Brasil, há empreendedores que buscam lucrar com o campeonato, usando muita criatividade e pouco investimento.

Cajón
De Rondônia, Marcos Brandão de Oliveira, de 40 anos, fabrica um instrumento musical chamado ‘cajón’ (instrumento afro-peruano de madeira) e vai vendê-lo em Manaus em exposição com peças brasileiras durante o período da Copa.
Ele diz que conheceu o instrumento em 2010 e se apaixonou. “Foi amor à primeira vista.” Tentou encontrar para comprar, mas encontrou um projeto na internet para fabricá-lo sozinho. “Fiz o meu e os amigos gostaram, então, não parei mais.”
Ele participou de um projeto do Sebrae voltado para produção de artigos de artesanato para a Copa e teve três instrumentos selecionados: Cajón Bongô (toca-se entre as pernas e de um lado do tampo há o som de um Cajón, como som de esteirinha e bumbo, e no outro lado há dois tons de bongô, grave e agudo), Tambor e o Bongô (tocado entre as pernas ou num pedestal). Os preço variam de R$ 200 a R$ 750.
Bombons
O ex-jogador de futebol Alexandre Ferreira, de 24 anos, de Brasília, largou as chuteiras para investir em um hobby que se tornou bastante lucrativo: a fabricação de bombons finos. O jovem conta que já jogou em times como Goiás (GO), Gama (DF), Paraná Clube (PR), Holanda (AM) e Vitória (BA).
Aos 19 anos, começou a fabricar chocolates com técnicas que aprendeu com a mãe de um amigo de equipe. Em 2011, criou a Aguimar Ferreira Bombons Finos (inspirada no nome de seus pais). “Hoje não jogo mais profissionalmente. Decidi me dedicar 100% ao negócio desde 2013.”
Para ampliar ainda mais os ganhos, ele criou uma linha exclusiva de chocolates para a Copa. “Foram cerca de seis meses de pesquisa de campo sobre tradições culinárias dos países participantes do torneio, análises de sabores e texturas, até chegar ao produto final”, explica.
A linha “Sabores da Copa” homenageia sete países com oito bombons: Brasil, com sabores de pequi (um fruto do cerrado brasileiro) e caipirinha, Argentina, com sabor de alfajor com doce de leite argentino, Espanha (sabor de damasco); Itália (pistache), França (champanhe), México (chocolate com pimenta) e Estados Unidos (mirtilo ou blueberry).
De acordo com o empresário, a linha para a Copa é feita com chocolate belga e a bandeira dos países é impressa diretamente no chocolate. A caixa com nove bombons custa R$ 45.
“O crescimento nas vendas com a nova linha aumentou em 100% e a expectativa até a Copa é que chegue a 200% de aumento [em relação aos meses anteriores]”, estima.

Tanga
A empreendedora Ana Cláudia Moreira, de 45 anos, do Rio de Janeiro, da Brazilian Secret, resolveu aprimorar para a Copa um produto que desenvolveu em 2003: uma tanga com bojo que faz um efeito ‘lift’ (de ‘elevação’) na parte superior dos glúteos. Ela teve a ideia quando viajou aos Estados Unidos e notou que o bumbum das americanas é menor que o das brasileiras, mas o produto pode ser usado por qualquer pessoa que se interessar, diz.
“Quando fui para os Estados Unidos, o pessoal sempre brincava que estrangeira não tem bumbum e comecei a desenvolver alguma coisa com bojo (…). Depois de um ano e meio consegui chegar no protótipo. Eu queria o efeito ‘lift”, diz. “Dá um efeito super natural, é super sutil, ninguém vê que se está usando.”
Para a Copa, ela criou modelos com as cores da bandeira do Brasil. O preço é de aproximadamente R$ 40.

Cupcakes com tema da seleção
O casal de empreendedores Márcia Petry, de 39 anos, e Ricardo Papa, de 43, donos da Fábrica de Cupcakes, em Goiânia, decorou os minibolos com cores da bandeira do Brasil e símbolos da Copa (como camisetas, bolas e troféu). “Buscamos fazer a base de pasta de leite em pó em miniaturas dos ícones do futebol e da Copa do Mundo”, explica Márcia.
“No começo de 2014, as vendas começaram a aumentar e acreditamos que vão superar nossas expectativas. Elas vêm crescendo numa razão de 50% ao mês e esperamos que cheguem a 30% do total de nossas vendas”, diz.
Os dois abriram a empresa em 2013 para mudar de vida e ter mais tempo para cuidar do filho. Os cupcakes mais vendidos são de chocolate, banana caramelada e abacaxi ao caramelo, morango, maracujá e cappuccino. Cada um custa R$ 3.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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