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Criatividade identifica o profissional de futuro

O mercado atual estará cada vez mais exigente, buscando os profissionais “tarrápidos” em sua luta constante, mostrando que o talento é coisa do passado. A constatação é do gerente de projetos sênior do Grupo Pão de Açúcar, o engenheiro eletrônico Maurício de Paula Andrade. Ele é especialista em criatividade e inovação e em tecnologia educacional e design instrucional. Andrade é um dos palestrantes do 9º Congresso Amazônico de Gestão de Pessoas, que apresentará nesta sexta-feira, às 11h15, no Tropical Hotel, o tema Gestão de Competências: Surfista de Tsunami – O Profissional de Futuro.
Ao fazer a constatação, ele explicou que cabe ao profissional de futuro antever os movimentos e necessidades do mercado a fim de estar devidamente posicionado e preparado. “Agarrar a oportunidade, ser o escolhido, entrar na empresa não significa o fim do processo. Trata-se do início, pois a partir desse ponto o profissional terá que ‘surfar o tsunami’, ou seja, manter-se na crista da onda, requalificando-se, amadurecendo, crescendo, estudando constantemente. Uma bobeada é como cair na água – e lembre-se, é um tsunami passando por cima”, disse ele.
A criatividade é o que define o profissional de futuro, conforme Andrade, pois este usa os acontecimentos do passado como “repertório criativo”, os do presente como oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional e tem no futuro objetivos e metas possíveis e claramente definidos. “Baseado nesses princípios ele é capaz de gerir seus ‘superpoderes’ de forma a atender as exigências do mercado”, afirmou.
A super competência, termo presente no mercado atual, é definida por Andrade como uma forma inusitada e inovadora de entender competências. “Na minha visão, não dá mais para avaliar o profissional através de competências avulsas e compartimentadas, como, por exemplo, competência negociação, competência foco em resultado, competência criatividade e outros. O que será que acontece se pegarmos essas três competências e misturarmos bem? Uma super competência! Que nome damos para ela? Que tal ‘negociador de reféns’ ou ‘pacificador’? Aceito sugestões”, justificou ele.
O pré-requisito para ser o profissional de futuro adequado, segundo Maurício Andrade, é ação. “Ele precisa tomar ciência da importância do tema para sua vida pessoal e profissional. Depois, deve se imaginar uma empresa e definir: qual sua missão, visão e valores?”, apontou. “Com as respostas em mão, será capaz de alinhar-se com pessoas e empresas e definir as estratégias para alcançar os objetivos definidos. Parabéns! A partir desse ponto você se tornou um profissional de futuro”, acrescentou.

Falha de comunicação

Ainda que as empresas sejam muito exigentes em relação à formação de seus profissionais, em muitos casos elas não conseguem obter o sucesso esperado na escolha. O erro, de acordo com Maurício Andrade, está na comunicação, o que o faz levantar uma série de questões.
“Será que as empresas sabem claramente que tipo de ‘super-herói’ elas precisam para resolver os problemas que elas têm hoje? Ou será que um ‘profissional homem-aranha’ resolve todo e qualquer problema? E os profissionais? Será que conhecem seus ‘superpoderes’ e sabem usá-los corretamente? Conhecem suas fraquezas? Os currículos de hoje vendem corretamente os profissionais e suas supercompetências? Os RHs das empresas sabem decifrar corretamente esses códigos?”, enumerou.
Para a identificação correta dos profissionais de futuro, Andrade recomenda, além dos tradicionais métodos, formas menos ortodoxas de avaliação, baseadas em observação, como o brilho do olhar do profissional, e outros questionamentos, como “os desafios diários são problemas ou oportunidades de melhoria?”.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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