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Criação de duas CPIs na Aleam gera polêmica na Aleam

Relator da última CPI da Saúde para investigar o governo do Amazonas, o deputado estadual Fausto Junior (PMDB) disse, ontem, que vai retirar sua assinatura para a criação de uma nova comissão de inquérito.

Ele anunciou a sua decisão durante a sessão plenária dessa quarta-feira (07) na Assembleia Legislativa do Amazonas que se divide, hoje, sobre a criação simultânea de duas CPIs, gerando polêmicas e acirrando os ânimos entre os deputados estaduais.

Hoje, tramitam duas propostas de CPIs na Assembleia Legislativa – uma do deputado estadual oposicionistas Dermilson Chagas (Podemos) e outra do deputado estadual Delegado Péricles (PSL), que presidiu a primeira comissão.

Delegado Péricles entrou com requerimento pedindo a instalação da CPI da Asfixia e Dermilson Chagas, a CPI da Pandemia, uma situação muito inusitada e esdrúxula no Parlamento estadual.

Com a desistência de Fausto Júnior, a CPI da Pandemia ficou com seis assinaturas. São necessárias oito para viabilizar a instalação. A CPI da Pandemia precisa apenas de uma para ser instalada na Assembleia.

“A partir de agora, vou retirar a assinatura da CPI da Pandemia e aguardar que, de forma amadurecida, os colegas desta Casa se entendam até porque é impossível termos duas comissões ao mesmo tempo. Eles que sentem (Dermilson e Péricles)”, protestou Fausto Junior.

Junior criticou Dermilson Chagas pelo comportamento “inconveniente e inadequado” do colega durante a apreciação de seu requerimento pelo plenário. “Não se deve tripudiar os colegas que não concordam com a instalação de uma CPI. Ele (Dermilson) deveria seguir o exemplo correto de Péricles”, acrescentou Junior.

Na terça-feira (06), o Delegado Péricles apresentou o requerimento para a criação de uma nova CPI que terá como foco as investigações sobre a falta de oxigênio em Manaus e nos municípios do interior do Estado.

Péricles avalia não existir fato específico para a instalação da CPI da Pandemia, proposta por Dermilson Chagas. Depois de Fausto Junior, ele anunciou que será um dos próximos convocados para depor na CPI da Pandemia do Senado.

“Estou preparado e munido de muita documentação para falar sobre os detalhes no nas medidas de enfrentamento ao novo coronavírus no Amazonas”, disse Péricles.

Investigações

Solicitada pelos deputados Dermilson Chagas e Wilker Barreto, ambos do Podemos, a CPI da Pandemia sugere a investigação de sete fatos com ênfase nos contratos firmados pelo governo estadual desde março de 2020, quando começou a pandemia. A proposta para a CPI da Asfixia tem como fato gerador a crise do oxigênio no mês de janeiro de 2021, com picos de mortes nos dias 14 e 15.

Segundo analistas políticos, nos bastidores, a oposição acusa os governistas de tentar blindar o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), de uma investigação mais ampla, já que a CPI da Asfixia tem como foco a crise do oxigênio.

Seria uma estratégia montada pela oposição para escancarar ainda mais a má gestão dos recursos no atual governo estadual. Agora, a grande expectativa é sobre o desfecho de toda essa polêmica que vem exacerbando os ânimos entre os deputados estaduais na Assembleia.

Três deputados são unânimes na criação de uma CPI – Wilker Barreto (Podemos); Dermilson Chagas (Podemos), autor da CPI da Pandemia, e Delegado Péricles (PSL), que propõe a CPI da Asfixia.

Pensando em não deixar de investigar o governo, Wilker e Dermilson deram um passo atrás e abriram mão da proposta deles, condicionando a assinatura na nova CPI às investigações de contratos dos governos desde o início da pandemia, em março de 2020, até o período de duração das investigações da comissão.

Com a solicitação aceita, os deputados de oposição assinaram, na manhã de ontem, a proposta do deputado Delegado Péricles.

Foto/Destaque: Divulgação

Marcelo Peres

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