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Cresce procura por imóveis industriais

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Para a pessoa física, a falta de uma residência impede a realização de vários planos de vida. Na indústria, a situação é parecida. Sem terreno, as fábricas não podem produzir e, consequentemente, realizar o que estava projetado.
Neste mês, em duas oportunidades, o superintendente adjunto da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), Oldemar Yanck, desabafou que a autarquia está impedida de fazer as devidas intervenções nos terrenos existentes, que precisam de tratamento para a ampliação do Distrito e instalação de novas fábricas. O motivo é o contingenciamento de recursos, desde 2008, pela União, na ordem de R$ 1 bilhão.
Porém, como diz o ditado, ‘tempo é dinheiro’. Por isso, os galpões industriais são uma alternativa para quem deseja se instalar o mais rápido possível e não pretende esperar até que esses recursos sejam liberados.
O vice-presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Nelson Azevedo, fala que o empreendimento é uma opção, já que atualmente a Suframa só possui terrenos em um espaço pequeno do Distrito 2, área industrial na zona Sul da cidade, que teve sua maior parte invadida há mais de cinco anos.

Aceleração da economia

Ele ressalta que houve uma aceleração na economia e, tão logo, no número de empresas com o intuito de se acomodar na região. No CAS (Conselho de Administração da Suframa), foram aprovados 255 projetos industriais, sendo 152 de ampliação, diversificação e atualização e 103 somente de implantação. “Como as empresas querem se instalar rapidamente, começam a investir em galpões”, analisou.
O gerente de área operacional da Nortimóveis, Enock Rodrigues, explica que, ao contrário dos depósitos, que são apenas blocos destinados à armazenagem, os galpões possuem doca, refeitório e até área administrativa, razão pelo qual há um aumento na procura.
A empresa presta serviço, fazendo a intermediação entre revendedores e consumidores. Embora o principal produto da imobiliária, atuante há 20 anos, seja a venda de imóveis residenciais, os galpões já representam em média 20% do faturamento.
De acordo com Rodrigues, desde o segundo semestre do ano passado este mercado se mantém aquecido. Os agentes influenciadores na busca pelo produto são, em sua maioria, a necessidade de expandir a empresa e até mesmo a instalação de novos estabelecimentos industriais.
Na Procasa Imobiliária a situação não é diferente. A consultora Chalimar Lima comenta que a instalação de novas empresas, geralmente de segmentos diferenciados dos já existentes no Estado, resultou em um número bastante acentuado de aluguéis de galpões. “Manaus está em ascensão graças a seus incentivos fiscais e muitas empresas têm nos contactado. Exemplo recente foi um grupo da Itália, que trabalha com fibra ótica”, destacou.
Chalimar salienta que há uma grande demora para os novos empresários se instalarem permanentemente no PIM (Polo Industrial de Manaus), já que muitos precisam esperar de dois a quatro anos para terem seus recursos liberados e então iniciarem a montagem da fábrica. “Desta forma, eles se veem obrigados à locação”, frisou.
A corretora Elza Azevedo, da Visão Imobiliária, diz que as maiores demandas são por áreas de mil a 1.500 metros quadrados. De ano em ano, esta ação cresce de 5% a 7%.
Elza conta que, enquanto eles aguardam a resolução de toda a burocracia, preferem se alojar em um terreno, já equipado, provisoriamente. “Até o momento que tiverem o deles”, finalizou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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