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Crematório leva investimento de US$1.48 milhão

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A novidade, em cujas primícias está a polêmica sobre a validade e utilidade popular, ganhou fôlego com a chegada da empresa Crematório do Amazonas que deverá se instalar na capital já no início de 2008.
De acordo com a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), a empresa está projetada para ser construída numa área do Distrito Industrial com cerca de 10 mil m² e pretende investir mais de US$ 1.48 milhão, aproximadamente R$ 2,81 milhões em valores atuais, para explorar o nicho de cremação e acirrar a competitividade no mercado funerário.
A idéia inicial, segundo o sócio-proprietário da Crematório do Amazonas, Jussi Soares, é implantar a cultura da cremação como alternativa religiosa e econômica, alcançar um público superior a 250 pessoas já no primeiro ano de atividade. A expectativa do empresário, entretanto, não é concentrar as ações apenas na cremação, mas desenvolver parcerias com planos de saúde empresariais ou particulares e até pacotes de serviço post morten, nos quais estão previstos traslado de outras regiões, ornamentação e paramentação do cerimonial, serviços de cartório e orientação jurídica, além do repositório em porcelanato, com custos entre R$ 3.000 e R$ 5.000 conforme o perfil adquirido.

“No Amazonas, ainda persistem idéias um pouco provincianas nas quais o enterramento é a única cerimônia de inumação. Com a implantação da empresa, queremos criar uma mentalidade nova e até romântica de encarar a morte”, explicou o empresário.
A obra da Crematório do Amazonas vem acompanhada da reurbanização e pavimentação de um trecho estimado em mais de 80 metros de ruas que dão acesso ao cemitério.
Incluindo também nesta benfeitoria, o local será composto por uma praça de alimentação, sala para reflexão, salas para velórios acusticamente fechadas e estacionamento.

Projeto de Nelson Azedo institui os crematórios

“Toda infra-estrutura do projeto foi pensada para propiciar a melhor estada aos familiares e visitantes, descaracterizando o conceito fúnebre que as pessoas têm ao pensar em cemitérios”, explicou Jussi Soares.
O empresário explicou ainda que como toda cidade que atinge a condição de metrópole, Manaus já exigia a implantação de crematórios como meio de conter o crescimento de cemitérios que hoje não têm mais para onde dar prosseguimento.
Segundo o executivo, foi observado, a partir de uma pesquisa de mercado, uma dificuldade da população de classe média de conseguir espaço para enterrar seus mortos. “Sabemos que é uma grande responsabilidade o fato de sermos pioneiros na região, mas iremos trabalhar com cuidado para alcançarmos todos os nossos objetivos”, assegurou.
A falta de espaço nos cemitérios tradicionais parece de fato ter sido uma das razões pelas quais foi aprovado, em 2000, pela CMM (Câmara Municipal de Manaus), o projeto de lei do então vereador Nelson Azedo, hoje deputado estadual pelo PMDB, onde foi instituída a utilização de crematórios para atender tanto a população de Manaus como do interior do Estado.

Segundo o autor do projeto, o crematório público está planejado para ser instalado no Cemitério Parque do Silêncio, bairro Augusto Montenegro, zona oeste, e ficará sob a responsabilidade da Semsa (Secretaria Municipal de Saúde).
De acordo com Nelson Azedo, o projeto de lei define regras para a concessão do serviço, como a gratuidade na cremação em todos os óbitos de pacientes portadores do vírus HIV e preços condicionais às pessoas não-portadoras de doenças infecto-contagiosas que optarem pela utilização do serviço.
Azedo ressaltou, entretanto, que a cremação não será permitida a vítimas de homicídios ou em óbitos com laudos obscuros, que possam impossibilitar uma possível exumação. Na análise do parlamentar, a partir de um levantamento de custos feito em capitais, como Belém e Belo Horizonte, onde o serviço já funciona há mais de cinco anos, o próprio poder público poderia ser um dos financiadores do serviço, principalmente para as famílias de baixa renda. “Se for

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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