Antes de mais nada, vou relembrar qual é a regra geral da crase e, aí sim, trarei três exceções. Bem, a palavra “crase” é oriunda do grego krâsis e significa fusão. Na situação em análise, o encontro será de duas vogais “a”, uma, “preposição”, e a outra, “artigo” que, juntas, dão origem ao “à”, com o acento grave. Então, depois desse breve retrospecto, vamos explicar as três exceções quanto à regra geral da crase. Vale dizer que existem mais exceções, prometo ir trazendo aos poucos, bem aos moldes do Português EM GOTAS.
CRASE/QUESTÃO DE CLAREZA
Há situações em que a crase ocorre por pura “questão de clareza”. Nesses casos o “a” será tão somente uma preposição, faltando o “a” artigo. Apesar disso, ocorrerá a crase, justamente para prevalecer a clareza, a semântica, o sentido exato da frase/oração. Ex.: 1. “Lavar a mão x Lavar à mão”; 2. “Veio a noite x Veio à noite”; 3. “As mil maravilhas x Às mil maravilhas”.
CRASE/NOME DE CIDADES
A única exceção para o uso da crase, nas cidades que não pedem crase, é se vierem especificadas. Ex.: 1. “Vou a Paris ainda nesse ano”. 2. “Vou à romântica Paris ainda nesse ano” (romântica=>especificação).
CRASE/PRONOMES DE TRATAMENTO
Pela regra geral, não se usa o acento grave diante de pronomes de tratamento. Veja os exemplos: 1. “A informação foi dada a Vossa Excelência em plena audiência de instrução e julgamento”; 2. “Minhas homenagens a Dr.ª Ana”. No entanto, há três exceções, acompanhem. Ocorrerá a crase com os pronomes de tratamento “dona”, “senhora” e “senhorita” Ex.: 3. “Por favor, transmita meus pêsames à Dn.ª Maria”. 4. “Toda gratidão à senhora, minha eterna mestra”. 5. “O buquê de rosas amarelas foi entregue à senhorita Amália logo cedo”. Fica a dica
Fonte: Joyce Tino