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Corecon alerta empresários sobre legalidade

O Corecon-AM/RR (Conselho Regional de Economia dos Estados do Amazonas e Roraima) está cobrando um posicionamento dos órgãos representativos de classe do PIM (Polo Industrial de Manaus) no sentido de que as empresas que não tiverem seus pareceres –que são mandados para as matrizes– assinados por um profissional da área que o façam para evitar que sejam interpeladas judicialmente.
O presidente do órgão, Erivaldo Lopes do Vale, disse que as empresas que se encontram nessa situação correm sérios riscos de serem interpeladas e seus pareceres perderão a validade jurídica. Segundo o dirigente, a Constituição diz que todo relatório, parecer técnico, tem que ser feito por um economista do contrário não tem valor jurídico.
Erivaldo do Vale disse que está fazendo um trabalho de conscientização neste sentido e que na semana passada visitou o Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas) e a Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas) pedindo apoio.

Semana do economista

Esse trabalho faz parte da metodologia de trabalho da atual diretoria do Corecon-AM/RR –em vigor desde janeiro– que nesta semana está participando de uma série de eventos para celebrar o Dia do Economista, comemorado nesse 13 de agosto. Na quinta feira, a categoria foi homenageada com uma sessão especial na v(Assembleia Legislativa do Estado) pelo muito que estes profissionais vêm realizando em benefício do Amazonas. Na ocasião foi exibido um vídeo institucional relatando as inúmeras responsabilidades do ­economista.
Segundo Erivaldo do Vale, os economistas são essenciais no atendimento das instituições públicas e privadas porque o papel do profissional é analisar, projetar e planejar. Ele avaliou que se todas as prefeituras municipais tivessem na função de planejamento, do PPA (Plano Plurianual), da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e da LOA (Lei Orçamentária Anual) um economista especializado nesses assuntos teriam melhores resultados.

Economistas fazem palestras sobre educação financeira em comunidades

A direção do Corecon-AM/RR aponta que o governo do Estado já tem muitos profissionais atuando em seu quadro econômico, diferente da iniciativa privada, que, segundo Vale, ainda deixa a desejar. “Infelizmente os empresários não veem o economista como um aliado, que finda sendo substituído por outros profissionais”, lamentou.
Atualmente, 2.300 profissionais da área estão registrados no Corecon-AM/RR, que existe desde 1972. Na opinião do presidente, a categoria tem muito o que comemorar nacionalmente porque vive uma situação bastante tranquila. “O Brasil está estruturado macroeconomicamente a prova é que conseguiu sobreviver à crise financeira internacional, graças a uma política feita por economistas”, atestou, ressaltando que os economistas estão contribuindo para a nação, ao Estado, o município, com as empresas e as comunidades.
No Amazonas, o conselho atua com tripla função: na fiscalização, na regularização da profissão (registro) e no campo social. Neste último, Erivaldo disse que o conselho está fazendo palestras nas comunidades sobre a educação financeira, auxiliando empresas em alguns tipos de interpretação de indicadores que façam parte de contratos, do IGPM, INPC, IPCA, entre outros. “Estamos partindo para auxiliar a sociedade de forma geral”, assegurou, ­informando que o Corecon está participando do Conselho Municipal de Trânsito discutindo a tarifa de ônibus. “É uma forma de nos ­colocar à ­disposição da sociedade”, completou.

Conselho sofre com inadimplência

Erivaldo informou que houve uma época que o Corecon trabalhou com cesta básica –ele comandou pessoalmente algumas pesquisas–, na análise dos indicadores, do PIB (Produto Interno Bruto) e da mão-de-obra. Infelizmente, esse trabalho não está sendo feito atualmente porque os recursos estão limitados, assim como o número de pessoas para ajudar no trabalho de campo. “O conselho vive do que arrecada da anuidade dos associados que está com uma inadimplência de 48%”, informou, ressaltando que o associado paga uma ­anuidade de R$ 298 por ano. O conselho contratou uma advogada para tratar dessa questão.

Taxas e serviços

Outra forma de gerar dinheiro para o conselho são algumas taxas de serviços pagas pelos economistas que apresentam projeto nos conselhos da Suframa, da Seplan e no BNDES.
Nos oito meses em que está à frente do conselho, Erivaldo Lopes do Vale disse que conseguiu alguns avanços, como convênios e benefícios para a categoria na área de informática, plano de saúde, educação, esporte e lazer. O dirigente está tentando agregar valor no conselho para reduzir a inadimplência do órgão.
Quanto à formação profissional, ele disse que a grade do curso de Economia avançou, foram tiradas algumas disciplinas para enxugá-lo e torná-lo mais objetivo. “O curso reduziu de cinco para quatro anos e é, voltado para as ciências econômicas”, disse.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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