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Coral da Sefaz do Amazonas segue encantando há 15 anos

É provável que os primeiros corais tenham surgido entre os povos primitivos quando todos os membros de uma aldeia dançavam e cantavam em rituais religiosos ou festivos. O tempo passou e os corais continuaram até os dias de hoje, ainda em eventos religiosos e festivos. No Natal surgem corais para todos os lados cantando ‘Noite feliz’. No Brasil a tradição não é tão forte como na Europa onde a tradição é milenar. Choros, que deu origem à palavra coral, eram grupos gregos de dançarinos e cantores e desde os seus primórdios, em Roma, a Igreja Católica se apropriou de corais ao perceber que eles exerciam um forte atrativo de fiéis.

Em Manaus, no dia 17 do mês passado, o Coral da Sefaz do Amazonas completou 15 anos de existência.

“Sempre tive essa vontade de formar um coral institucional, já que fui membro do Coral da Universidade do Amazonas, na época de acadêmica. Certo dia, falando sobre o assunto com o então secretário da Sefaz, Dr. Isper Abrahim, ele gostou da ideia e patrocinou o Coral”, recordou Jeroniza Albuquerque, coordenadora do Coral da Sefaz do Amazonas junto com o professor Girão.

A primeira regência do Coral da Sefaz foi do maestro Fabiano Cardoso e do pianista Joubert Junior. Atualmente quem o rege é o maestro Marcelo Leite Bargas. O objetivo dessa reunião de pessoas que gostam de cantar, segundo Jeroniza, é a integração dos servidores fazendários, terceirizados e convidados de outras secretarias. Com vasto repertório de músicas regionais, inclusive toadas de bois, o Coral também interpreta músicas populares nacionais e internacionais, e nesta época de final de ano, a regra são as músicas natalinas.

Instituto de utilidade pública

Nesses 15 anos de existência, o Coral da Sefaz nunca deixou de existir, sempre participando das atividades culturais e solenes do Estado. Jeroniza não sabe quantos integrantes já passaram pelo grupo, mas lembrou que ainda tem participantes fundadores, apaixonados pelo canto, como o próprio professor Girão, Ayrtes Barbosa e ela mesma. Hoje o Coral é mantido pelo ITA (Instituto Talento Amazônico). Em 2017, através da Lei 4.723, a Assembleia Legislativa do Estado reconheceu a importância cultural e social do Coral da Sefaz declarando o ITA como um instituto de utilidade pública. O Coral conta com 30 integrantes.

“O CSA, como o chamamos, está dividido nos seguintes naipes: soprano, contralto baixo e tenor. Atraímos novos integrantes através das nossas apresentações, que os motivam, e vêm se oferecer espontaneamente, outros são convidados pelos componentes. Todos são bem vindos. Uma vez aceitos, fazem teste de voz com o maestro, para saber qual o seu naipe, e esse novo integrante é inserido adequadamente no grupo”, explicou.

O atual maestro do CSA é Marcelo Leite Bargas, 35 anos, acadêmico de música na UEA, aos 12 já tocava teclado, participa de grupos musicais, rege, além do Coral da Sefaz, o da Caixa Econômica, e o Madrigal Amazonas, da UEA. É pianista na arquidiocese de Manaus, e maestro adjunto na Assembleia de Deus.

Cabe ao maestro conciliar e harmonizar as vozes dentro do grupo, buscando uma identidade sonora única sem discrepâncias, com qualidade artística equilibrada.

Homenagem ao professor Girão

Depois de permanecer inativo durante todo o período mais forte da pandemia, o CSA está voltando às suas atividades devagar, pois seus integrantes são na maioria idosos, mas estão cercados de cuidados, vacinados, mantendo o distanciamento e usando máscaras. Os ensaios já estão sendo realizados novamente, em área aberta, na quadra de lazer da Affeam (Associação dos Funcionários Fiscais do Estado do Amazonas), às terças e quintas-feiras, das 15h às 16h30.

“Nesta época natalina é quando recebemos uma maior quantidade de solicitações para nossas apresentações que acontecem em igrejas, hospitais e as mais variadas instituições, além do Teatro Amazonas, da Assembleia Legislativa e dos eventos natalinos da Sefaz, Affeam e Sindifisco, nossos patrocinadores”, revelou.

Jeroniza orgulha-se em listar os locais onde o CSA já se apresentou fora das fronteiras de Manaus.

“Na sua crescente trajetória, graças à dedicação de seus componentes, já nos apresentamos no Festival Internacional de Corais, em Minas Gerais, com reportagem especial no ‘Bom Dia Brasil’, da Rede Globo; no Festival de Coros, na Paraíba, e na Bahia, além das constantes apresentações no Famcor (Festival Amazonas de Corais), em Manaus. Participamos, também, do Auto de Natal ‘Glorioso’, no Teatro Amazonas, por vários anos”, informou.

Jeroniza aproveitou para homenagear o professor Girão, o mais antigo integrante do Coral, um dos idealizadores, fundadores, coordenadores, e imortal na direção do fenômeno que se tornou o Coral, o qual, por suas mãos, sempre teve trajetória de sucesso. José Roberto Girão de Alencar é auditor fiscal aposentado, escritor e professor.

Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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