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Copa do Mundo já anima produção de televisores

Em ano de Copa do Mundo fabricantes e varejistas de TVs esperam turbinar as produções e as vendas do produto. Diferente dos anos anteriores, o Mundial 2022 ocorre no fim do ano. O varejo não quer perder a carona do evento e projeta vendas acima de 20% nas vendas de televisores. Dados da consultoria GFK -empresa de estudos de mercado é de que o mercado brasileiro comercializa cerca de 10,5 milhões de unidades de televisores neste ano, alta de 5% em relação a 2021 -, os números ainda devem ficar abaixo do atingido em 2020. 

Em informação ao site Yahoo Finanças, Fernando Baialuna, diretor da GFK, destacou  que, naquele ano, as vendas superaram a marca de 12 milhões de aparelhos, bem quando a pandemia forçou o isolamento social e o home office. “O potencial de crescimento ainda é grande no Brasil”. 

Um dos termômetros que animam o setor é o desempenho do mercado com datas sazonais como o Dia das Mães e campeonatos de futebol, períodos que  sempre influenciam no resultado.  “Normalmente existe uma demanda bem maior. Essa procura  está também vinculada pela troca para de aparelhos maiores e mais modernos”, disse o  presidente do Sindivarejista (Sindicato do Comércio Varejista do Amazonas),  Teófilo Neto.

Em 2019, ano pré-pandemia, o segmento ocupou o ranking como um dos líderes de vendas, os eletroeletrônicos superaram a comercialização dos demais setores, resultado que elevou índices em torno de 2,6% a 3,5%. 

“A Copa do Mundo deste ano será realizada no período de 21 de novembro a 18 de dezembro. É normal que este evento até por ser o esporte preferido dos brasileiros desperta enorme interesse em acompanhar principalmente se o Brasil avançar na classificação.

Acredito então que as vendas de televisores terão um crescimento atípico nos dois meses da Copa. Por outro lado convém registrar que dezembro normalmente já estimula compras de eletrônicos. Meses do décimo terceiro oportunizando comprar uma TV sempre maior e mais moderna”.

A prospecção do  superintendente de compras do grupo TV Lar, Humberto Oliveira, é que as vendas turbinem no segundo semestre, mas afirmou que a varejista já observa demanda pelo produto desde o primeiro trimestre de 2022 com aumento acima de 20%. “Houve crescimento na venda. O segundo trimestre já iniciou com indicativo que nós teremos um incremento com a comercialização de tlevisores”. 

Após a pandemia o consumidor está muito voltado ao conforto do lar. E  investimento em TVs não deixa de fazer parte desse comportamento. “Apostar em TVs mais modernas, com comando de voz não deixa de ser uma opção”. Oliveira estima que haverá um movimento muito grande de investimento na troca de TVs.  E para o evento como a “Copa”, não será diferente. A varejista projeta vendas acima de 20% no segmento de TVs. 

Produções

O presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas) Antonio Silva concorda que historicamente, o ano de Copa do Mundo sempre foi muito representativo na fabricação de televisores. Mas as expectativas são tímidas em relação aos indicadores. 

“A nossa expectativa é de que tenhamos um indicador menor este ano. A produção de televisores tem sofrido com o desabastecimento a nível mundial dos semicondutores. Além disso, a própria crise econômica tem inibido o consumo da população, especialmente de produtos que não são de primeira necessidade. De toda a forma, nossas estimativas são positivas”. 

Para o Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas) existe uma expectativa positiva de crescimento em relação ao faturamento do setor com o evento esportivo. O presidente da entidade Wilson Périco também concorda que haverá uma motivação maior por parte do consumidor em trocar  os aparelhos e que a tradição do evento por si só reflete no crescimento de vendas. 

Embora não mencione índices em função da demanda, ele calcula que os percentuais devem estar embutidos no faturamento anual entre 6% a 7% previstos para este ano, comparados aos R$158,6 bilhões registrados em 2021.

Modelos inovadores

Material divulgado no site Yahoo Finanças mostra que o evento esportivo chega para reforçar o case de algumas fabricantes, entre elas as tradicionais fabricantes Samsung e LG inovaram as suas telas. 

A Samsung, trouxe um lançamento “The Freestyle“, que consiste em uma tela portátil e flexível de pequeno porte -com tamanho de 30 a 100 polegadas e peso de 830 gramas -, a ideia é que o produto funcione como um projetor, permitindo exibir imagem e som na parede com os mesmos recursos de uma televisão normal em Full HD e aplicativos de streaming.

Na mesma onda, sua rival LG aproveitou para anunciar modelos em novos formatos. Visando a mobilidade, a empresa lançou o “StanbyME”, com bateria embutida conectada que permite três horas de visualização, além de tela de 27 polegadas que pode ser inclinada e girada para ver em todos os cômodos da casa. A TCL, por sua vez, quer atrair o público ‘gamer’, com telas que permitem fluidez de imagem, para que as pessoas passem mais tempo se divertindo com família e amigos.

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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