Unir pessoas em torno de um objetivo comum. Essa é a regra número 1 do cooperativismo, o modelo socioeconômico que, no Amazonas, neste mês, completa 40 anos.
No Brasil, o cooperativismo mobiliza mais de 9 milhões de brasileiros em 7.000 mil cooperativas, gerando 300 mil empregos diretos, em 13 diferentes segmentos de atividades no país. No Estado do Amazonas, contabiliza 144 cooperativas registradas e ativas, totalizando mais de 30.000 cooperados beneficiados ou aproximadamente 60 mil pessoas, em dez ramos econômicos, em 31 municípios do Estado.
Mas a história do cooperativismo começa com a inserção de estrangeiros, mais especificamente, os asiáticos, quando os primeiros japoneses criaram a Cooperativa Agrícola de Salles, no ano de 1959. As características, o formato da cooperativa era diferente, mas foram se aprimorando com o passar dos anos.
No ano de 1973, com a Oceam, hoje OCB-AM, dezenas de cooperativas se uniram com o mesmo propósito, o de fazer do cooperativismo uma força econômica produtiva do Estado, baseada no coletivismo, na solidariedade e bem comum, com o ideal de todos serem os donos do próprio negócio.
Na década de 1970, o mercado de fibras, da malva e da juta, dominavam a economia regional, com maior adesão nas calhas do Médio Solimões e do Baixo Amazonas, em municípios como Parintins e Manacapuru. Neste último funciona, até hoje, a cooperativa mais antiga, ainda atuante no mercado de fibras, a Coomapem (Cooperativa Mista Agropecuária de Manacapuru).
Em 40 anos de funcionamento da Organização das Cooperativas do Brasil no Amazonas, o Estado viu nascer um dos mais sólidos movimentos de cooperativismo. Neste período, sete presidentes estiveram à frente da instituição. Foram eles: João José Fares Akel (falecido); Roberto Borges Backsmann; Salvador Gonçalves de Oliveira Sobrinho (falecido); Vasco Bento dos Santos Ribeiro; Estevam Ferreira Costa; José Merched Chaar; e o atual Petrúcio Magalhães.
De acordo com o atual presidente do Sistema OCB-Sescoop/AM, Petrucio Magalhães Júnior, vários foram os investimentos e as mobilizações em prol do fortalecimento do cooperativismo no Estado. Nos últimos cinco anos, por exemplo, ele cita a capacitação de 200 jovens líderes no interior do Estado, a formação da 1ª turma de Pós-Graduação em Gestão de Cooperativas, o soerguimento da Frente Parlamentar de Apoio ao Cooperativismo (Frencoop), nos âmbitos nacional, Assembleia Legislativa e Câmaras Municipais (Manaus, Manacapuru, Autazes e Iranduba) e, também, a elaboração e execução do planejamento estratégico de comunicação social do Sistema OCB. “Muitas são as conquistas e chegou o momento mais importante do ano, que é o de mostrar à sociedade o poder e a força do cooperativismo amazonense”, comentou o presidente.
Mérito Cooperativista
O Prêmio Mérito Cooperativista Amazonense foi criado em 2002, na gestão de José Merched Chaar, ex-presidente do Sistema OCB/Sescoop-AM, que homenageia pessoas que se destacaram durante o ano dentro do segmento cooperativista do Amazonas. Em 2010, a premiação mudou de nome para Mérito Cooperativista Amazonense Dr. Petrucio Pereira de Magalhães, em votação unanime realizado pelo conselho da OCB-AM.
Este ano os homenageados foram o presidente do Sistema OCB/Sescoop Nacional, Márcio Lopes de Freitas e a presidente da Uniodonto Manaus, Daniele Reis de Araújo Magalhães.
De acordo com o presidente do Sistema OCB-Sescoop AM, Petrucio Magalhães Júnior, o presidente do Sistema Nacional, Márcio Lopes de Freitas, tem atuado proativamente em relação aos Estados da região Norte do país, exemplificando o empenho para a qualificação e capacitação de pessoas ligados ao cooperativismo, entre outras políticas implementadas para beneficiar as cooperativas no Estado do Amazonas.
A presidente da Uniodonto Manaus, Daniele Magalhães foi indicada para receber o prêmio pela capacidade de gerir mais de 300 cooperados e implementar novas tecnologias para beneficiar seus cooperados e clientes em uma entidade que ocupa a 9ª posição entre as maiores cooperativas do ramo saúde do Brasil, com aproximadamente 90 mil clientes.