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Convênio pretende empregar beneficiários do Bolsa Família

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome assinou no último dia 5 um convênio com a CNO (Construtora Norberto Odebrecht) para utilizar o Programa Acreditar –que já é desenvolvido pela companhia para ensinar os trabalhadores das obras da Usina de Santo Antônio, em Rondônia– para capacitar os beneficiários do principal programa de transferência de renda do governo federal.
Como o projeto da CNO já está em andamento, cerca de 2 mil pessoas que passaram pelos cursos da construtora já estão trabalhando nas obras. Mas, a partir de agora, a Odebrecht deve dar preferência aos assistidos pelo Bolsa Família para fazer as contratações. A expectativa do ministério é que 5 mil trabalhadores capacitados no Programa Acreditar e que recebam a bolsa sejam contratados para ajudar nas obras da usina –que vão até 2012. Os beneficiários do programa que já tiverem concluído algum dos 16 cursos de capacitação oferecidos também serão contratados em outras obras da CNO. O objetivo é que, ao entrarem no mercado de trabalho, esses trabalhadores deixem de precisar da ajuda do governo.
O vice-presidente de infraestrutura da Odebrecht, Benedicto Barbosa, afirmou que o investimento de mais de R$ 20 milhões no projeto vai poupar a construtora de ter de buscar trabalhadores de outros Estados. Segundo ele, seria necessário contratar 70% da mão de obra de aproximadamente 9 mil pessoas fora de Rondônia.
“Quando traz gente de fora, você cria um momento muito positivo, mas quando vai embora, os funcionários vão embora junto e a economia do local também. Além disso, as pessoas que vêm de fora trazem problemas de desequilíbrio populacional em diversos níveis”, explicou Barbosa, se referindo a problemas de aumento de criminalidade e marginalização que costumam acompanhar as grandes obras desse tipo.
Até agora, o Programa Acreditar tinha previsão de investimento de R$ 12 milhões, mas com a ampliação do projeto para continuar capacitando os trabalhadores para mais obras da construtora, o vice-presidente da Odebrecht estima que outros R$ 12 milhões serão empregados –todos eles vindos apenas da companhia, sem repasse do governo federal.
“Pretendemos que este convênio seja um estímulo para que outras empresas, especialmente as que estão realizando obras vinculadas ao PAC, também formem turmas e possibilitem cursos de capacitação para os beneficiários do Bolsa Família, numa iniciativa emancipatória”, afirmou o ministro Patrus Ananias. Os cursos oferecidos pela construtora incluem carpintaria, pedreiro, soldador, vibradorista, mecânico de equipamentos leves e pesados, eletricista, operadores de carregadeira, entre outros.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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