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Controlador diz que pilotos não relataram problemas

O controlador Celso Domingos Alves Júnior, responsável pela autorização da aterrissagem do Airbus-A320 da TAM, afirmou ontem em depoimento à CPI do Apagão na Câmara que os pilotos da aeronave não relataram aos controladores problemas durante o vôo 3054 da companhia.
Segundo Alves Júnior, havia uma “chuva leve” na hora em que o avião iria pousar. “Aparentemente estava normal. Não havia recomendação específica”, disse o sargento da Aeronáutica, que tem dois anos de profissão. “Ocorreu tudo normal, ele (o piloto) tocou tudo normal. Ele apenas perguntou sobre o estado da pista. Aparentemente, ele manteve uma certa velocidade após o pouso”.
De acordo com o controlador, quando o piloto reporta que a pista está escorregadia, a torre de controle repassa a informação para os demais pilotos que irão pousar nos horários seguintes.
Alves Júnior disse que havia informações no livro da torre de que um piloto de um Boeing da Gol, do horário anterior, havia relatado que a pista estava escorregadia.
O sargento disse ainda que, quando o piloto reporta que a pista está escorregadia, a informação é transmitida à Infraero. Alves Júnior afirmou que a torre de controle trabalha com o parecer da Infraero.
Ainda segundo o controlador, a frase “Vira, vira”, segundos antes do acidente, foi dita por um dos pilotos da aeronave e não por um funcionário da torre de controle.
A CPI do Apagão Aéreo na Câmara ouviu ontem, além de Alves Júnior, mais três controladores de vôo que estavam trabalhando no momento do acidente, no último dia 17. São eles: Luana Morena Maciel Araújo, Ziloá Miranda Pereira e Eduardo Dayrel.
O vice-presidente de segurança de vôo da Airbus, Yannick Malinge, negou hoje que tenha ocorrido pane ou falha no computador de bordo do Airbus-A320 da TAM, que se acidentou no dia 17 de julho.
Segundo ele, as informações e os dados das caixas-pretas indicam que não houve falhas nem problemas na frenagem da aeronave.

Funcionamento normal

“Nós não vemos nenhuma pane neste acidente”, afirmou Malinge durante depoimento à CPI do Apagão na Câmara. “Evidentemente que quando há uma acidente, nós não podemos descartar hipótese alguma. Mas nós nos confortamos ao ouvirmos as gravações, pois não houve uma pane nem falha do computador de bordo”, afirmou.
O engenheiro aeronáutico disse ainda que o Airbus-A320 da TAM teve os manetes, os freios, os spoilers e o reverso funcionando normalmente. “Os dados disponíveis mostram que a freagem do avião funcionou normalmente: os freios, os spoilers e o reverso. Existem duas possibilidade de utilizar os freios: a freagem automática e a manual”, afirmou.
Malinge disse ainda que o modelo A320 oferece cinco vezes menos risco de acidentes. No entanto, ele disse não ser possível dar uma resposta objetiva sobre as causas do acidente. De acordo com o representante da Airbus, é necessário aguardar a conclusão das investigações.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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