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Contratações de mão de obra temporária deve ser maior

Seguindo tendência, as contratações de profissionais para vagas temporárias devem garantir ainda mais oportunidades no segundo trimestre deste ano. A modalidade vem expandindo o mercado de trabalho, de maio e junho do ano passado, foram abertas 552.609 vagas temporárias e tem potencial de crescimento para o mesmo período de 2022.  Além disso, a expectativa do setor é de que esse número seja 15% superior, conforme levantamento da Asserttem (Associação Brasileira de Trabalho Temporário).

Com a retomada da economia associada ao relaxamento das restrições em relação à pandemia de Covid-19 essas contratações devem acontecer de forma mais harmônica, com prazos mais longos, acima de 90 dias.

“O cenário de incertezas gerado pela pandemia afetou de forma contundente as empresas, que nos últimos dois anos se apoiaram no Trabalho Temporário para atender suas demandas. Agora, com o relaxamento e por não precisarem mais agir com medo ou por impulso, as empresas seguraram as contratações”, explica o presidente da Asserttem, Marcos de Abreu.

“Esperamos abrir cerca de 635 mil vagas temporárias neste segundo trimestre”, afirma Abreu. “Além disso, em nosso radar, consta uma nova repetição do que aconteceu em 2020, com o terceiro trimestre puxando as contratações do ano, com destaque para os setores da Indústria, do Agronegócio e Serviços à pessoa física”, completa.

Especialistas e representantes de empresas de recrutamento em Manaus, entendem que o formato de contratação está cada vez mais acessível, oferecendo oportunidades ao longo de todos os períodos. “A pandemia já não causa mais impacto na economia como antes. O prognóstico é de crescimento não só para área do comércio que historicamente detêm essas contrações, mas também para indústria pois é uma roda econômica. Novas vagas vão surgindo”, detalhou o consultor de carreiras, negócios e emprego Flávio Guimarães. 

Em 2021 o PIB teve resultado três vezes maior do que estava previsto pelo governo federal  e segundo o especialista, isso representa emprego. “Quando tem pessoas empregadas o poder aquisitivo aumenta. É uma engrenagem sequencial. Aumentando o consumo aumenta o nível de produção por consequência aumenta a demanda na ponta final que é o comércio e ai como uma roda comércio, indústria começando a melhorar os serviços  indústria também vai ter aumento. A tendência é de contratação em todas as áreas e segmentos de mercado”.

Marcia Santos. CEO na Alpha Consultoria e Recursos Humanos, a expectativa é que a taxa de empregabilidade para essa modalidade de contrato aumente, dado os benefícios na redução dos encargos sociais e a rapidez nos processos de contratação.

“Com a capacidade de produção aumentando e as datas festivas para o segundo semestre, impulsionam a contratação de mão de obra temporária e como previsão da lei do temporário, hoje as empresas podem contratar mão de obra temporária de até 180 dias consecutivos ou não, podendo prorrogar por mais 90 dias”, salientou. 

Olegário Borges, CEO do Grupo Hunt, empresa de recrutamento e seleção, reiterou que a partir deste mês a tendência é aumentar esse tipo de contrato. Um outro ponto positivo que destacado por ele é a Copa do Mundo que deve movimentar o setor produtivo do pólo eletroeletrônico deve vender mais TVs. “O cenário está em crescimento, mas muitas datas devem demandar mão de obra temporária.

Para a Associação, com as expectativas positivas, a modalidade segue como uma excelente oportunidade para os trabalhadores que estão desempregados e que buscam por uma efetivação, pois trata-se de um trabalho formal que lhes garante todos os direitos trabalhistas como 13º, férias e FGTS.

1º trimestre

Durante os meses de janeiro, fevereiro e março, a modalidade do Trabalho Temporário – prevista nos termos da Lei Federal 6.019/74 e do Decreto nº 10.854/2021 – gerou 774.660 vagas. “Um resultado excelente e 10,6% maior do que a Asserttem previa”, frisa o presidente da associação.

Segundo ele, o trabalho temporário cresce mês a mês porque equaciona três cenários para as empresas: a incerteza quanto ao tempo que será necessário manter a contratação; a emergência, porque é uma forma rápida e eficaz de contratar pessoal e assim não perder a oportunidade de atender as demandas do mercado; e a flexibilidade no prazo contratual.

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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