O nível de emprego formal na construção civil bateu recorde no primeiro semestre, abrindo mais vagas no período do que em todo o ano passado, segundo dados do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) e da FGV Projetos. Apesar da forte alta, o número real pode ser bem maior, uma vez que grande parte dos empregados no setor trabalha sem registro.
De janeiro a junho, foram criados 229 mil empregos com carteira assinada, alta de 106% em relação ao primeiro semestre de 2007 (111,1 mil postos). Segundo o levantamento, as novas vagas já superam em 10,8% as 206,6 mil vagas criadas em todo o ano passado.
Em 12 meses (julho de 2007 a junho de 2008), levando-se em conta os empregados formais, o avanço é de 18,6%. Somente em junho, foram criados 43,7 mil novos postos, valor recorde para o mês -o maior nível até então fora registrado em janeiro, com 43,6 mil empregos gerados.
Assim, ao final de junho, o total de trabalhadores na construção civil chegou a 2,063 milhões, nível 12,4% superior sobre o estoque em dezembro de 2007. Segundo a FGV, trata-se da maior alta do índice para o período desde 1995, quando novo cálculo foi adotado. Na avaliação do SindusCon-SP, o nível de emprego na construção tem se favorecido pelo aquecimento imobiliário no país, principalmente em São Paulo, e pelos investimentos em obras de infra-estrutura.
“É a comprovação de que a construção civil deverá crescer 10% neste ano, porque as obras já estão contratadas. Já em relação a 2009, a expectativa é de um crescimento menor, em função da elevação dos juros’’, disse o presidente da entidade, João Claudio Robusti. No Estado de São Paulo, onde se concentram os principais lançamentos imobiliários, o nível de emprego cresce mais que em outras regiões.
Contratações crescem 106% no primeiro semestre de 2008
Redação
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