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Construção puxa desemprego em abril

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O setor da construção civil foi o que mais contribuiu com o saldo negativo de 1.644 empregos em abril no Amazonas. Segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados nesta quarta-feira (21) pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), no mês passado, o setor foi o que apresentou o pior desempenho na geração de empregos no Estado, sendo responsável por mais da metade das demissões em todo o Estado no período, quando o saldo do setor foi de -1.021 postos de empregos, uma queda de -2,78% em relação a março. O número supera negativamente o desempenho registrado no mesmo período de 2013, quando foram perdidas 199 vagas.
No acumulado do primeiro quadrimestre de 2014 a queda foi ainda mais acentuada: – 2.457 postos de emprego. A única comparação na qual o desempenho da construção civil foi positivo foi no acumulado dos últimos 12 meses, quando houve incremento de 1.034 empregos formais.
Para do presidente do Sinduscon (Sindicato das Indústrias de Construção Civil), Eduardo Lopes, o mau desempenho da construção civil na geração de empregos no último mês pode ser explicado pela entrega de grandes obras que estavam sendo tocadas em Manaus e pela sazonalidade.
“A construção civil é sazonal. Temos entregado alguns grandes empreendimentos nesse começo de ano; outros estão na reta final, como o estádio (Arena da Amazônia) e o aeroporto. Por isso as empresas começam a demitir e não tem uma outra obra para mandar esses funcionários. Esse resultado pode ser fruto dessa dinâmica”, avalia.
Apesar disso, Eduardo Lopes afirma que não é possível afirmar que há uma crise no setor, já que, mesmo sem ter uma projeção fechada, a expectativa para o segundo semestre é positiva.
“Para saber se isso é uma coisa que vai perdurar, temos que esperar até mais dois ou três resultados negativos em sequência. No entanto, historicamente o segundo semestre sempre é melhor do que o primeiro. Precisamos fechar ainda o primeiro semestre para projetar o segundo. Se tivermos estabilidade nos seis primeiros meses essa tendência se manterá na segunda metade do ano, porque o segundo semestre normalmente é melhor do que o primeiro para nós”, garante o presidente do Sinduscon.
Embora em menor proporção, a atividade industrial no PIM (Polo Industrial de Manaus) também demitiu mais do que contratou. De acordo com o Caged, só em abril a indústria local demitiu 5.331 operários, contra 4.577 contratações. O saldo negativo de -754 trabalhadores ficou muito abaixo do que foi registrado em igual período do ano passado (-82). Só nos quatro primeiros meses de 2014, foram fechadas 364 vagas na indústria do Amazonas.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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