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Construção no AM é a 5ª mais cara do país

O índice da construção civil no Amazonas iniciou o ano com variação de 0,53%, o que significou aumento de 0,28 ponto percentual em relação a dezembro de 2008, quando o indicativo ficou em 0,25%. O indicador local fez exatamente o inverso do que ocorreu em âmbito nacional, cuja variação foi de 0,39% e desaceleração de 0,23 ponto percentual em relação a dezembro do ano passado (0,62%).
O índice é ainda 0,24% superior à taxa regional, conforme dados divulgados na última sexta pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A variação do índice da construção civil no Amazonas figurou, em janeiro deste ano, como a segunda mais alta da região Norte e a 5ª do país, perdendo somente para a oscilação do indicativo no Maranhão (3,08%) –pressionado pelos reajustes salariais–, Paraná (0,84%), Acre (0,78%) e Pernambuco (0,59%). Nos últimos 12 meses, a variação média local foi de 13,04%, enquanto que os indicadores regional e nacional foram, respectivamente, 12,89% e 11,68%.
De acordo com o vice-presidente do Sinduscon-AM (Sindicato das Indústrias da Construção no Civil do Amazonas), Francisco Flauber, a expansão no indicador local, acima da média nacional, pode ser explicada pelas condições climáticas na região. “Janeiro é período de inverno no Amazonas, e nessa época a matéria-prima para a construção civil é mais escassa, o que, naturalmente, acaba influindo no preço dos produtos”, justificou.
Conforme ele, essa característica regional deve influir no índice nesses primeiros meses do ano. “Com a escassez dos itens areia, seixo, tijolo e cimento (produtos básicos da construção civil), o custo deve elevar, já que a demanda não cai”, acres­centou o vice-presidente do Sinduscon-AM.
Atuando na área de material de construção, a loja JLN confirmou que houve queda na oferta dos produtos básicos da construção em janeiro. “A demanda pelos itens foi a mesma no último mês, mas tivemos escassez em alguns produtos”, disse fonte da empresa que preferiu não identificar-se, acrescentando que, embora tenha havido carência, o preço não foi reajustado ao consumidor.

Alto custo por m²

No ritmo do índice mensal, o custo médio da construção por metro quadrado no Amazonas também subiu, passando de R$ 707,27, em dezembro de 2008, para R$ 711, 02, diferença percentual de 0,5% para mais. O valor é um dos mais altos do país, atrás somente do indicativo de Roraima (R$ 775,68), São Paulo (R$ 748,39) e Rio de Janeiro (R$ 748,23).
Conforme levantamento do IBGE, o custo nacional da construção civil, de R$ 679,41, é composto pelo somatório de R$ 397,76 relativos às despesas com materiais e R$ 281,65 com a mão-de-obra. “A parcela dos materiais apresentou alta de 0,53% em janeiro, mas recuou 0,09 ponto percentual se comparada com dezembro (0,62%). Já a mão-de-obra, teve desaceleração mais forte, ficando com 0,18% em janeiro contra 0,61% de dezembro”, diz nota técnica do instituto.

Regiões destaques

Com resultados muito próximos, o Sul (0,53%) e o Nordeste (0,52%) se destacaram das demais regiões, com as maiores altas. Em relação à média nacional (0,39%), o Norte (0,29%) e o Sudeste (0,28%) tiveram variações abaixo, enquanto o Centro-Oeste registrou o mesmo percentual (0,39%).
A região Norte apresentou o acumulado mais elevado em doze meses (12,89%). O menor acumulado neste período foi o do Nordeste (11,34%).
Os custos regionais apontaram os seguintes valores, por metro quadrado: R$ 718,80 (Sudeste); R$ 676,89 (Norte); R$ 670,61 (Sul); R$ 649,31 (Centro-Oeste) e R$ 636,25 (Nordeste).

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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