Mesmo sem atingir o aumento de 10% projetado para as vendas de dezembro, o comércio manauense superou seu desempenho anterior e cresceu 7,8% no último mês de 2007, no comparativo com igual período de 2006. Segundo a CDL-Manaus (Câmara dos Dirigentes Lojistas de Manaus), responsável pelo acompanhamento mensal, a expansão da oferta de crédito na economia teve repercussão direta no faturamento dos lojistas.
O presidente da entidade, Ezra Benzion, afirmou que os produtos que apresentaram as altas mais significativas nas vendas foram eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis, calçados, confecções e material de construção.
No entendimento do dirigente, o comércio não alcançou sua estimativa inicial de aumento porque o crescimento da economia pulverizou as vendas na cidade, permitindo que todas as zonas fortalecessem o comércio nos bairros. “A ampliação das vendas não foi pontual, porque a economia cresceu para todo mundo. Está havendo muita oferta no Centro e nos bairros”, analisou.
Crescimentos apresentados
Benzion destacou que como resultado do cenário econômico atual, a arrecadação de impostos e a abertura de vagas no mercado de trabalho também apresentaram crescimento. “Vamos efetivar 30% dos trabalhadores temporários admitidos no fim do ano passado”, afirmou o presidente da entidade.
Conforme projeção da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), o número de empregos gerados pela indústria deve apresentar uma expansão de 11,25% em dezembro de 2007, no paralelo com o mesmo intervalo do ano anterior. A estimativa é que as linhas de produção totalizem 104.000 postos de trabalho diretos, superando assim os 93.478 trabalhadores contabilizados em dezembro de 2006.
Lojistas da cidade adquirem resultados acima do estimado
Apesar de a média de crescimento do comércio ter ficado abaixo da projeção inicial, algumas lojas comemoram os resultados que tiveram com as vendas de dezembro. É o caso da Ramsons da avenida Eduardo Ribeiro, que buscava elevação de 15% e conseguiu alcançá-lo, confirmando assim a liderança dos eletroeletrônicos apurada pela CDL-Manaus.
De acordo com o gerente de vendas Francisco Alves, os produtos que atraíram o maior número de consumidores para a loja foram televisores com tela de LCD, pen drives e aparelhos MP4. “Registramos aumento em torno de 37% nas vendas de pen drives e reprodutores de mídia, que são a ‘febre’ do momento, e um acréscimo de 28% na comercialização de televisores LCD”, mencionou.
Na opinião de Alves, a liberação do 13° injetou muito dinheiro na praça e permitiu aos clientes comprar à vista.
Com as vendas aquecidas, o gerente disse que foi possível efetivar os dois empregados temporários da loja e contratar outras duas pessoas em janeiro.
Outro campeão de vendas em dezembro foi o segmento calçadista. Segundo o gerente da Shop do Pé da Eduardo Ribeiro, Josinei Souza, a unidade superou a meta traçada para o mês natalino, que era crescer de 10% a 12% em relação ao mesmo período de 2006.
“Passamos um pouco nossa projeção com um aumento que ficou entre 12% e 15%. Nosso diferencial foi a modelagem dos produtos, porque oferecemos cores variadas e outros detalhes que as mulheres valorizam”, afirmou Souza, acrescentando que o público feminino ainda é o que mais freqüenta a loja.
Última hora
No ramo da confecção, as vendas não corresponderam às expectativas durante quase todo o mês, conforme informou a gerente das lojas Riachuelo, Roberta Gomes. No entanto, a administradora frisou que a compensação veio na última semana de dezembro, quando os consumidores fizeram as ‘comprinhas’ de última hora e surpreenderam os lojistas com um movimento acima do esperado. “Ainda não fechamos os resultados, mas todos os departamentos venderam bem. Fomos muito beneficiados porque o dia 23 foi um domingo, dia em que as famílias vão ao shopping”, observou.
Já no segmento de materiais de construção, nem as chuvas prejudicaram as vendas
