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Consciência como líder

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Quando alguém “recebe” ou conquista a liderança em cargo ou função, é importante ter consciência da sua responsabilidade frente a este papel que deve ser tratado como um desafio constante por representarem tanto a base quanto a coluna da equipe. Neste processo, aprender a administrar os problemas, a mobilizar ações para participação das pessoas, acompanhar, analisar e cobrar atividades, bem como promover a constante melhoria dos relacionamentos e dos processos são ações básicas para ter o mínimo do sucesso possível neste contexto. Para tanto precisam construir e planejar estratégias eficazes, possuir conhecimentos e experiências práticas e estarem fortalecidos em suas emoções para lidar com os inúmeros desafios de gerir pessoas e processos com o mesmo foco que atende os interesses organizacionais e pessoais.

Tenho visto que os líderes que mais desenvolvem e potencializam seus talentos são os que mantém vivo a vontade de aprender continuamente e estão sempre prontos para as mudanças tão logo apareçam, capacitando as pessoas para realizar o que precisam fazer, com ousadia comportamental e coragem mais que suficiente para decidir mesmo que não tenham todas as informações necessárias, reavaliando constantemente seus valores para identificar a compatibilidade com os valores das organizações que representam, buscando a manutenção da sua missão e de uma visão clara de futuro.

Ter consciência como líder tem muito da amplitude de percepção de que uma vez assuma esta privilégiada missão, dirigirá a vida e os trabalhos de certo número de pessoas, humanos de que alguma forma dependem da sua orientação e cuidado, comando e afago, instrução e afeto. Perceba que são comportamentos voltados para atividades e outros direcionados para relacionamento. E é por isto que suas atitudes precisam ser apreciadas com respeito e confiança.

Nesta hora da reflexão é quase impossível não voltar para um tema antigo, mas ao mesmo tempo tão atual que é a clareza sobre a diferença entre ser líder e ser chefe. Quando pensando na perspectiva humana, é bem difícil separar a pessoa de puro desinteresse e genuína vontade de contribuir na vida do outro, daquela outra egoísta que pensa em obter ganhos e vantagens pessoais sem se importar de forma nobre com o grupo e os seus mais elevados objetivos. Ter consciência de quem fala mais alto no seu coração e quem tem tomado às redes da sua liderança já lhe distanciará da posiçãoe equivocada de que manda quem pode obdece quem tem juízo, ou ainda, eu sou o chefe e todos devem obedecer.

Se você não conseguir fazer a separação entre o líder que cumpre o dever de alcançar resultados através das pessoas fazendo o que é certo, do outro que pensa na sua importância pessoal diante dos demais, correrá o risco de não valorizar os objetivos coletivos, de não considerar as diferenças individuais, de não reconhecer que suas ideias nem sempre serão as melhores, muito menos entenderá que ainda terá muito para desenvolver e que em muitas circunstâncias, os membros de sua equipe são e fazem melhor do que você.

Ter esta consciência vai nascendo pela observação atenta aos seus atos e pelos resultados que alcança a favor do grupo, vai crescendo pela análise crítica sobre quem é o que verdadeiramente tem feito para fazer a diferença não somente para si, mas para um bem maior que você mesmo, mantem-se crescente quando perde a necessidade de tornar-se o foco principal.

Você poderá se tornar um líder, mas isso só será possível, se possuir e se praticar atributos necessário. Muito que assumem esta posição no sentido hierárquico passam a acreditar que bastam em si próprios e que não precisam respeitar as regras ou as pessoas que estão em posições menores na hierarquia, já se sentem autossuficientes e que não precisam de ajuda de ninguém abaixo e que não tem mais nada para aprender.

Eventualmente você poderá desagradar aos seus liderados, através de um erro involuntáriom ou engano indesejado, mas não poderá fazer isto sempre por ausência de conhecimento ou por comportamentos repetidos e não trabalhados para desenvolver.

Precisamos de líderes verdadeiros, que conduzam os liderados ao entusiasmo, à dedicação, ao esforço concentrado, à realização de suas atribuições com afinco e responsabilidade. Líderes inspiradores que fazem o seu trabalho voltado para o bem comum e os interesses do grupo como um todo. Deve pensar em criar grupos que tenham o espírito de time, em que cada um executa uma tarefa distinta e tem os mesmos méritos dos demais, devendo ser considerados e respeitados em todas e quaisquer situações. Não se aproveite dos liderados.

No resumo, a liderança consciente apresenta um composto de qualidades morais e éticas. Perceba que este nível de consciência que estamos refletido tem haver mais com caráter e não personalidade. Caráter deve ser entendido com aquela lista de valores morais que pregamos e seguimos no dia a dia, mesmo que ninguém esteja olhando.

Também é importante lembrar que para conduzir pessoas, é preciso saber o que você vai fazer e o que cada uma dessas pessoas devem fazer, pois o líder que não sabe o que vai fazer ou o que deve ser feito não chegará a lugar nenhum. Assim sendo, é impositivo que os lideres conheçam o trabalho a fundo e continue a estuda-lo para melhor resolver todos os questionamentos e eventuais situações, não impendindo de usar da liderança situacional e do processo de aprender também com cada pessoa da equipe. Fatalmente os liderados não nutrirão confiança num líder que não conheça interamente as suas responsabilidades e os seus deveres para com o grupo que lideram.

Ao ampliar a consciência sobre como ser um líder de verdade, temos a feliz possibilidade de nos depararmos com uma pessoa incrível que mora dentro de nós e que pode ter vivido na sombra por muito tempo, mas que no fundo nasceu para ser luz e tem muito para iluminar a si mesmo e todos a seu redor.

*Cíntia Lima é psicóloga, master coach e mentora organizacional – [email protected]

Cíntia Lima

é Psicóloga, Master Coach e Mentora Organizacional [email protected] - 92 981004470
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