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Confiança tem 2º melhor nível da série em junho

Favorecido pelo bom momento da economia, e por notícias otimistas em relação ao mercado de trabalho e à renda, o ICC (Índice de Confiança do Consumidor) em junho atingiu o segundo melhor nível da série histórica, iniciada em setembro de 2005. A avaliação é do economista da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Aloísio Campelo. A confiança do consumidor este mês, com 118,5 pontos (em uma escala de 0 a 200 pontos), só não foi maior do que a apurada em março de 2008 (120 pontos), antes da crise global. Em junho, o cenário foi tão positivo que o consumidor até absorveu o impacto do fim da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), e registrou o mais alto patamar de intenção de compra de bens duráveis, como automóveis e geladeiras, em mais de dois anos.
O ICC subiu 1,9% em junho ante maio, a segunda maior variação do ano, perdendo apenas para a de abril, quando o indicador subiu 3,7% contra mês anterior. Na prática, não houve nenhuma notícia nova em junho que ajudou a impulsionar o avanço da confiança. O técnico da fundação observou que a continuidade de boas notícias na economia ajudou a montar o cenário favorável mostrado pelo indicador em junho. Este mês, a avaliação sobre o mercado de trabalho foi a melhor da série histórica da pesquisa, pela sexta vez consecutiva. Isso ajuda a tornar mais positivas as expectativas de poder aquisitivo do brasileiro. Tanto que, em junho, as estimativas quanto às finanças familiares para os próximos seis meses atingiram o melhor patamar desde maio de 2008. “A confiança do consumidor está equivalente aos patamares de 2007 e de 2008. A avaliação da situação atual é recorde; as expectativas não são recordes, mas são otimistas e estão em um patamar razoável”, comentou Campelo.
O especialista observou que a confiança do consumidor sofreu baques sucessivos durante o final de 2008 e ao começo de 2009, por conta da crise. As medidas de incentivo fiscal anunciadas pelo governo no início do ano passado, como a redução do IPI em automóveis e produtos de linha branca, tiveram impacto na melhora de intenção de consumo entre as famílias. Mas, na avaliação de Campelo, a recuperação sustentável da confiança começou apenas em julho do ano passado, de forma gradual e ainda mostrando sinais de cautela, por parte do consumidor.
Campelo explicou que, no segundo trimestre deste ano, começou uma fase de ajustes, por parte do consumidor, que não mais teria incentivos fiscais para compras. Agora, o brasileiro percebe que a economia continua a mostrar sinais positivos; e que o mercado de trabalho mostra bom desempenho, com expectativas de abertura de vagas, e maior facilidade na conquista de empregos. Isso influencia o potencial de consumo do brasileiro. “A economia avançou muito depois da crise. A avaliação do mercado de trabalho é muito boa. O consumidor está em uma posição de poder voltar a comprar”, comentou.

Estimativa de inflação

As projeções de inflação também ajudaram a manter positivo o humor do consumidor em junho. A estimativa de inflação para os próximos 12 meses não subiu e manteve-se em 6,4% de maio para junho. A melhora do otimismo quanto ao futuro é perceptível no salto da intenção de compras de bens duráveis, que atingiu o mais elevado nível desde maio de 2008. A parcela dos consumidores que planejam elevar o volume de compras de bens duráveis nos próximos seis meses subiu de 14,1% para 15,5% de maio para junho; no mesmo período, caiu de 28,1% para 27,3% o porcentual de consumidores entrevistados que apostam em recuo na compra de duráveis no futuro.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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