O ICS (Índice de Confiança de Serviços) da FGV (Fundação Getúlio Vargas) apresentou redução de 3% em janeiro, após variação positiva de 0,3% entre novembro e dezembro de 2010.
O indicador passou de 132,2 para 128,2 pontos e retornou ao nível mais baixo desde outubro de 2009 (126,0 pontos), embora ainda se mantenha em patamar superior ao da média histórica iniciada em junho de 2008 (123,4).
A diminuição do ICS em janeiro foi influenciada pela avaliação desfavorável em relação ao momento presente. O ISA (Índice da Situação Atual) reduziu-se, expressivamente, 12,2%, a maior perda desde janeiro de 2009 (-20,7%). O ISA passou de 128,9 para 113,2 pontos, o menor desde fevereiro de 2010 (110,5 pontos), mas ainda está 3,3 pontos acima da média histórica. Já o IE-S (Índice de Expectativas) elevou-se em 5,6% no mês, ao passar de 135,6 para 143,2 pontos, o maior desde setembro de 2010 (146,1).
A forte redução do ISA na passagem de dezembro para janeiro, tanto em 2011 quanto em 2010, num movimento que atinge praticamente todos os sete segmentos pesquisados, sugere um comportamento sazonal deste indicador a cada início de ano.
Nível de demanda
O nível de demanda atual foi o quesito que mais contribuiu para a queda (14,6%) do ISA-S em janeiro na comparação com dezembro, ao passar para 103,5 pontos, o menor desde julho de 2010 (103,2). Das 2.289 empresas consultadas, 19,8% avaliam o volume da demanda atual como forte (ante 34,5% no mês anterior), enquanto 16,3% o consideram como fraco (contra 13,3%).
O indicador que mede o grau de satisfação da demanda prevista para os três meses seguintes foi o que mais influenciou positivamente o IE-S, com um aumento de 7,2% entre dezembro de 2010 e janeiro de 2011, de 130,3 para 139,7 pontos. A parcela de empresas que preveem aumento da demanda passou de 42,2% para 47,4%; a proporção das que projetam queda, diminuiu de 11,9% para 7,7%.
