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Concurso ‘Prova da Farinha Ribeirinha’ divulga o valor do produto

Continuam abertas, até 30 de julho, as inscrições para o concurso gastronômico ‘Prova da Farinha Ribeirinha’, promovido pela FAS (Fundação Amazônia Sustentável), com o propósito de divulgar esse produto que não pode faltar no prato do amazonense, mostrando que a farinha pode ir além de uma simples farofa.

Primeiro farinha do Uarini, porque começou a ser produzida nesse município amazonense; depois, farinha ovinha, por se assemelhar às ovas de peixes e ter passado, também, a ser produzida em outras regiões do Estado. Agora os membros da Amurmam (Associação dos Moradores e Usuários da Reserva Mamirauá Antônio Martins), no médio Solimões, começaram a produzir a ovinha, empacotada pelos próprios produtores e comercializada com o nome de ‘Ribeirinha’, recebendo apoio técnico da FAS, com recursos do Fundo Amazônia/BNDES e do Ministério Público Federal do Amazonas.

Hoje a ovinha é um produto que não pode faltar no prato do amazonense – Foto: Divulgação

O mais interessante da competição é que ela está sendo totalmente online e qualquer pessoa pode participar acessando as redes sociais da FAS e conhecendo as regras.

A ‘Prova da Farinha Ribeirinha’ está dividida em três fases. Começa com as inscrições, até 30 de julho, quando a pessoa inscreve sua receita utilizando a ‘Ribeirinha’. Depois, entre 1º e 16 de agosto, dez chefs conhecidos por produzirem pratos com farinha vão selecionar as dez melhores e mais criativas receitas. Na terceira fase, os selecionados devem gravar um vídeo preparando seu prato com farinha. O material será divulgado no site e redes sociais da FAS, onde, através de voto popular, serão escolhidos os vencedores. A disputa vai premiar com R$ 1,5 mil, o primeiro colocado; R$ 1 mil, o segundo; e R$ 500, o terceiro.

Serão selecionadas as dez melhores e mais criativas receitas – Foto: Divulgação

Vários pratos   

O chef Marcus Pompeu, da Casa de Comidas Zuzu, é um dos jurados da ‘Prova’. Apaixonado por farinha, Marcus conhece uma série de pratos preparados com o produto e como a tendência está se espalhando entre outros chefs.

“Até brigadeiro o pessoal está fazendo com farinha. Tem uma turma que carameliza e enrola os docinhos na farinha. Também tem gente que usa para empanar, e até cuscuz de ovinha está saindo das mentes mais criativas”, informou.

Fazer apenas farofa ficou no passado, mas Marcus acrescentou que consumi-la do modo tradicional não saiu de moda. E nunca sairá. Para o chef, não há nada melhor do que uma boa conversa acompanhada de farinha com castanha e um cafezinho ‘preto’.

E tem uma coisa que todo amazonense sabe desde que põe o primeiro pedaço de peixe na boca. Qualquer prato à base de peixe, seja cozido, assado ou frito não está completo se não tiver farinha junto.

Qualquer prato à base de peixe não está completo se não tiver farinha junto – Foto: Divulgação

“Para mim, não há melhor acompanhamento para o peixe do que a farinha”, afirmou.

Marcus elogiou a iniciativa da FAS, não só por dar destaque a esse produto tão nosso, mas também por prestigiar o lado social do homem do interior, divulgando e promovendo o trabalho dos produtores de farinha da Amurmam.

“Não é por acaso que a farinha ovinha, que começou a ser produzida em Uarini, e hoje se espalhou pelo Amazonas, se destaca entre as demais. Ela possui uma qualidade superior às outras variedades encontradas no mercado. Do jeito que é vendida pelos produtores da Amurmam, dentro de um saquinho plástico, acondicionado numa caixinha de papelão, é um presente que qualquer um gostaria de ganhar”, disse.

Marcus afirmou que, na sua casa, nunca falta farinha e, apesar dos inúmeros pratos que sabe fazer com ela, destaca a básica farofa torradinha.

“É, sem dúvida, uma das melhores farofas do mundo”, concluiu.

Selo ‘Origens do Brasil’

Farinha ‘Ribeirinha’ possui selo ‘Origens Brasil’ – Foto: Divulgação

Para o gerente de Empreendedorismo e Negócios Sustentáveis da FAS, Wildney Mourão, a iniciativa é uma oportunidade importante de gerar reconhecimento nacional ao produto amazônico tão especial.

“Com a competição queremos incentivar o uso da farinha e que seja cada vez mais conhecida no Brasil, proporcionando um maior reconhecimento para um produto tão tradicional e especial em nossa região, bem como destacá-lo por seguir os conceitos de valorização de produtos tradicionais da Amazônia, como cultivo e origem florestal, respeito ao meio ambiente, às populações tradicionais e seus territórios, comprovados por meio do selo ‘Origens Brasil’, que a ‘Ribeirinha’ possui”, revelou.

A ‘Ribeirinha’ é comercializada em supermercados de Manaus e por meio do site da Americanas (www.americanas.com.br/marca/jirau), com distribuição para todo país, através do projeto Jirau da Amazônia, canal de comercialização de produtos da floresta com toda venda revertida para os produtores ribeirinhos.

Além de Marcus Pompeu, os chefs/jurados da ‘Prova da Farinha Ribeirinha’ são: Dedé Parente (Cachaçaria do Dedé e restaurante Terra & Mar), Felipe Schaedler (restaurante Banzeiro), Thiago Santana (Ferrugem Rock Gourmet), Débora Shornik (restaurantes Caxiri e Biatuwi Casa de Quinhapira), Elisângela Valle (Tambaqui de Banda), Paulo Fortunato (Fish Maria), a chef indígena Neurilene Cruz (restaurante Sumimi), chef Teresa Corção (presidente do Instituto Maniva Ecochef e embaixadora da Cozinha Brasileira no Senac/RJ) e chef Guga Rocha (pesquisador, escritor e apresentador de TV).

Conheça o regulamento da ‘Prova’: https://abre.ai/cMG3.

Foto/Destaque: Divulgação

Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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