O acordo dos andinos abrange 94,9% do universo tarifário em termos de comércio e 94,5% dos bens importados da UE em 2006. A CAN (Comunidade Andina das Nações) destacou que, com o alto nível de coincidências, “está garantida uma negociação tarifária bloco a bloco, assim como o cumprimento pleno do compromisso de apresentar uma posição unificada nas negociações com a União Européia”.
“Bolívia, Colômbia, Equa-dor e Peru estão em condições de apresentar uma oferta conjunta”, ressaltou a nota.
As reuniões de coordenação em Lima também permitiram um acordo sobre as modalidades e métodos de negociação, que já foram apresentados à UE, para a segunda rodada de conversas sobre um Acordo de Associação, que será realizada em Bruxelas, de 10 a 14 de dezembro.
A primeira rodada foi em Bogotá, em setembro. A terceira está prevista para março de 2008, em Lima, com a primeira troca de ofertas. A UE aceitou negociar o acordo de associação política, comercial e de cooperação em diferentes velocidades, levando em conta as diferenças entre os países-membros da CAN, segundo o secretário-geral da organização, Freddy Ehlers. No dia 30 de outubro, o presidente peruano, Alan García, pediu à UE para negociar um tratado de livre-comércio com o Peru, e não com a CAN, por considerar que com o bloco haveria “um acordo débil, e não um autêntico tratado de livre-comércio”. Ehlers respondeu, no entanto, que a negociação só pode acontecer bloco a bloco, um “requisito fundamental” da União Européia.
Vítimas da mudança climática
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As regiões andina e amazônica já sofrem os impactos da mudança climática na agricultura, com repercussões na segurança alimentar e na vida dos camponeses, indicam as conclusões apresentadas em encontro sobre o tema organizado pela CAN.
Especialistas internacionais que se reuniram na Oficina Internacional sobre a Gestão do Risco e a Adaptação à Mudança no Setor Agropecuário buscam estratégias de adaptação e de redução da vulnerabilidade dos países sul-americanos diante da transformação do clima.
O secretário-geral da CAN, Freddy Ehlers, apresentou, em entrevista coletiva, as conclusões do evento, segundo as quais afirma que a mudança climática é um processo que “já está presente”.
Entre outras medidas, os especialistas dizem que os países e as regiões atingidas devem tratar não apenas de se fortalecer para evitar danos causados pela mudança climática, mas aproveitar positivamente algumas oportunidades que a nova situação oferece.