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Como serão as estradas do futuro?

Como serão as estradas do futuro?

As estradas do futuro criarão música para alertar os motoristas sobre perigos na estrada ou excesso de velocidade; vão transformar veículos em fontes de energia para acender as luzes da rua; serão capazes de nos dizer o peso de um caminhão, além de carregar automaticamente os veículos elétricos.

Além disso, seus sinais de trânsito não terão nada a ver com os atuais; haverá cruzamentos inteligentes com sensores avançados, sistemas de rede para comunicação interveicular e aparelhos de comunicação que permitirão diminuir ao máximo os tempos de resgate em caso de acidente. E as estradas também vão “falar” com os motoristas, avisando-os automaticamente de qualquer perigo ou violação das regras de trânsito.

E essas são apenas algumas das tecnologias que não apenas veremos nas estradas ao redor do mundo nos próximos anos – de fato, vários desses recursos já estão em testes em várias partes do mundo.

Este é o panorama traçado por uma equipe de pesquisadores da Espanha e de Taiwan, que fizeram um levantamento abrangente sobre os últimos avanços e projetos tecnológicos que estão sendo realizados em todo o mundo.

Dentre todos, a equipe destaca dez deles, inovações que vão revolucionar a nossa forma de viajar – e a ideia atual que temos de estradas.

“As estradas estão cada vez mais inteligentes, as instalações de 30 anos atrás não têm nada a ver com as atuais e vão mudar muito nas próximas décadas. Serão estradas muito mais seguras graças ao avanço das telecomunicações, 5G e computação em nuvem, entre outras tecnologias. Além disso, elas ajudarão a diminuir o impacto ambiental dos veículos. Algumas das estradas apresentadas no estudo parecem ficção científica, mas não são. Todas estão sendo trabalhadas em algum lugar do mundo, e todas são tecnologicamente viáveis em nosso meio,” disse o professor Juan Carlos Cano, da Universidade Politécnica de Valência.

Tecnologias para estradas

A equipe analisou projetos que estão sendo conduzidos em países como China, Reino Unido, Suécia, Japão e Espanha. Em todos eles existe um denominador comum: As estradas deixam de ser estruturas físicas de transporte de pessoas ou mercadorias, para se transformarem numa superestrada de informação.

Cérebros criados em laboratório podem se tornar conscientes?

Sabe aquela questão que ninguém está pensando, mas que vem do nada à tona e acaba deixando a sensação de “por que ninguém se perguntou isso antes”? É dessa maneira que cientistas passaram a pensar no seguinte: os cérebros criados em laboratório podem se tornar conscientes?

De acordo com um artigo publicado na revista norte-americana Nature, o laboratório da Universidade da Califórnia conta com centenas de cérebros humanos em miniatura, do tamanho de sementes de gergelim. Essas estruturas minúsculas, conhecidas como organoides do cérebro, são cultivadas a partir de células-tronco humanas e se tornaram um elemento comum em muitos laboratórios que estudam as propriedades do cérebro.

O artigo menciona que, em agosto de 2019, o grupo de Alysson Muotri, um neurocientista da universidade em questão, fez um relato sobre a criação de organoides do cérebro humano que produziram ondas coordenadas de atividade, semelhantes às observadas em bebês prematuros. As ondas continuaram por meses antes de a equipe encerrar o experimento.

Acontece que esse tipo de atividade é uma das propriedades de um cérebro consciente, e a descoberta levou cientistas a levantar uma série de questões morais e filosóficas, e questões em torno da possibilidade de que a consciência fosse criada do zero. Poucos meses antes, uma equipe da Universidade de Yale em New Haven, Connecticut, anunciou que havia restaurado pelo menos parcialmente a vida a cérebros de porcos mortos horas antes. Os pesquisadores reviveram as funções celulares dos neurônios e sua capacidade de transmitir sinais elétricos.

Outros experimentos, como esforços para adicionar neurônios humanos ao cérebro de camundongos, estão levantando questões, com alguns cientistas e especialistas em ética argumentando que esses experimentos não deveriam ser permitidos.

Eletrônica flexível rumo às salas de cirurgia

A eletrônica flexível está prestes a fazer sua estreia em uma área crucial, onde ela pode servir não para entretenimento ou computação, mas para salvar vidas diretamente.

A equipe do professor John Rogers, pioneira no campo dos eletrônicos flexíveis, desenvolveu um balão cirúrgico contendo eletrônica flexível avançada que pode melhorar o diagnóstico e o tratamento de doenças cardíacas.

Os catéteres-balão são frequentemente usados durante cirurgias minimamente invasivas ou procedimentos de ablação, onde servem para realizar medições ou desempenhar funções terapêuticas, sendo inseridos por meio de pequenas incisões. Mas eles também podem ser inseridos no coração para tratar arritmias cardíacas, localizando e removendo a região do tecido que causa a arritmia.

Atualmente, no entanto, a maioria dos catéteres-balão é rígida, o que significa que não se adaptam bem às superfícies moles do coração. Além disso, esses dispositivos podem desempenhar apenas uma função por vez, exigindo que os médicos usem vários catéteres durante o procedimento.

Usando sua experiência em eletrônica flexível e elástica, Mengdi Han e seus colegas criaram um sistema elástico que se adapta às superfícies do tecido, o que o permite funcionar simultaneamente como um dispositivo de diagnóstico e terapêutico.

Lílian Araújo

É Jornalista, Artista, Gestora de TI, colunista do JC e editora do Jornal do Commercio
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