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Como é o jogo na educação?

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Os jogos empolgam e motivam as pessoas a milhares de anos. O universo lúdico inspira a imaginação e promove espaço para criatividade e inovação, bem como instiga a vencer desafios e conquistar novos resultados. Brincar é parte do aprendizado infantil e estimula para novos conhecimentos e formas de interação. Porque não transformar todos esses benefícios em práticas educativas e educação corporativa? Sim, atualmente estão sendo utilizados muitos dos mecanismos de jogos na área educacional e nas organizações para promover maior interação, engajamento e motivação na sala de aula e ambientes de cursos empresariais. 

Esta prática denominamos Gamificação. Em resumo, é utilizarmos a estrutura de jogos para algo que não seja puramente entretenimento, diversão e lazer. É usar tabuleiros, jogos on-line, cartas e outras estratégias para incentivar comportamentos, gerar aprendizados, estimular a mudança de hábitos, treinar para determinados procedimentos, estabelecer estratégias para resolução de problemas, encontrar opções inovadoras de realizar mudanças e contruir novos caminhos em direção aos objetivos.

Quando tratamos da gamificação, estamos fazendo coro com o que tornou-se uma das apostas da educação no século 21. Na educação, o potencial da gamificação é imenso, pois ela funciona para despertar interesse, aumentar a participação, desenvolver criatividade e autonomia, promover diálogo e resolver situações-problemas. Com a gamificação é possível estimular a participação do aluno em temas e conteúdos pouco atrativos.

O importante é entender que não vamos transformar tudo em games, mas sim o contrário. Trazer o jogo para dentro da realidade e construir mecânicas de jogos que possam conectar as pessoas ao cenário real interativo. Para isto contamos com tecnologia de realidade aumentada, realidade virtual, resultados em tempo real, demais recursos digitais ou mesmo analógicos, como os jogos de tabuleiro.

Para fazer uso da gamificação, portanto, não é preciso usar jogos prontos – apesar deles serem uma das possibilidades. Jogos como Minecraft – em que os jogadores precisam encontrar recursos, construir estruturas e plantar para sobreviver – tornaram-se populares não apenas entre crianças e adolescentes, mas entre educadores. Tanto que uma versão especial foi lançada, o MinecraftEDU, que já é utilizado por quase mil escolas em mais de 40 países e podemos fazer uso em nossas salas de aulas também.

São inúmeros os benefícios no processo de ensino e aprendizado.   Temos condições de dar suporte ao erro sem impacto real na operação, o que possibilita aprendizados simulados que aumentam os acertos na hora do “valendo” no negócio. 

Com os jogos podemos também promover autoconhecimento, porque os comportamentos são manifestados de maneira tão natural que é possível entender quais ações precisam ser modificadas, quais podem ser desenvolvidas e quais outras podem ser potencializadas. É um campo de reflexão comportamental individual, mas também como os comportamentos estão sendo processados em equipe e na construção de resultados coletivos.

Uma alerta importante é que alguns cuidados são primordiais para o bom uso da metodologia e os resultados positivos que ela é capaz de alcançar, como não usar o jogo por usar, como puro entretenimento ou descontração, pois tira o foco do real objetivo que é trazer aprendizado e não somente diversão, mas tratar o game como parte do ensinar.

Os conceitos da Andragogia que nos apresenta o adulto como aquele que aprende com o que tem significado e é aplicável no dia a dia reforçam o sucesso da gamificação no mundo todo, pois as pessoas respondem melhor a desafios práticos. Realizar ações, receber feedback e ser reconhecido com os acertos motiva a continuar no processo, instigando novos aprendizados e novas possibilidades.

Se tomarmos que de uma forma ou de outra a educação tem por finalidade efetuar uma mudança, seja aumentando a carga de informação, que significa mais conhecimento, seja melhorando ou modificando a forma de realizar determinada atividade através da maior habilidade, ou ainda atuando diretamente nas atitudes das pessoas ou grupos, e que esta acontece através do processo de aprendizagem, e precisa estar alinhada ao modelo do aprendiz, podemos perceber que a gamificação torna-se uma grande aliada neste processo. 

Mesmo as punições nos jogos representam a possibilidade de corrigir os erros e avançar. São esses processos inclusos nos jogos que trarão mais engajamento das pessoas nos temas e o processo de ensino e aprendizado tornar-se um movimento natural. 

Vamos ensinar com games? Vamos aprender jogando?

*Cintia Lima Psicóloga, Master Coach e Mentora Organizacional [email protected] – 92 981004470

Cíntia Lima

é Psicóloga, Master Coach e Mentora Organizacional [email protected] - 92 981004470
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