A Comissão Mista de Orçamento pode resolver nesta segunda-feira (13) um impasse criado em torno das receitas para a proposta orçamentária do ano que vem.
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, anunciou que a arrecadação tributária de 2011 foi revista para baixo, o que obrigou o governo a prever um corte de R$ 8 bilhões em relação ao projeto original, enviado ao Congresso Nacional.
No entanto, os parlamentares já haviam acrescido mais de R$ 17 bilhões sobre esse projeto original. Ao todo, a diferença entre o texto até então em análise no Congresso e o novo parâmetro adotado pelo governo é de cerca de R$ 25 bilhões.
Resolver esse descompasso é a tarefa do relator de receitas da proposta orçamentária, deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), que apresenta na segunda-feira à noite uma reestimativa de verbas para o ano que vem.
Paulo Bernardo reforça a necessidade de adequar a proposta orçamentária a uma nova realidade. “Nós vamos cortar R$ 8 bilhões da proposta do governo e vamos indicar onde vai ser cortado, não vamos transferir esse problema para o Congresso”, disse. Mas o presidente da Comissão Mista de Orçamento, deputado Waldemir Moka (PMDB-MS), não descarta a possibilidade de as receitas previstas subirem, a despeito dos cálculos do governo. “Se o relator de receitas tiver números consistentes, não há razão para não serem aceitos pela comissão”, disse. O deputado também comentou a indicação de uma terceira relatora-geral do Orçamento – a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT). Ela deve assumir a função no lugar de Ideli Salvatti (PT-SC), que deixa o cargo porque foi indicada para o Ministério da Pesca. Ideli já estava substituindo o senador Gim Argello (PTB-DF), que se afastou do cargo depois de ser acusado de beneficiar entidades de fachada com emendas orçamentárias. Para Waldemir Moka, mesmo diante dessas mudanças, a comissão deve cumprir os prazos de votação do Orçamento 2011. “Eu tenho a firme determinação de que no dia 22 de dezembro, que é o último dia, nós estaremos com relatório aprovado na sessão do Congresso Nacional”.
Comissão discute corte de R$ 8 bilhões
Redação
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