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Comissão das Águas confirma desperdício na ETA do Mauazinho

A Comissão Especial das Águas da CMM (Câmara Municipal de Manaus) cumpriu mais uma etapa do cronograma de visita às estações de tratamento de água e esgoto na cidade. Acompanhado de técnicos da Ufam (Universidade Federal do Amazonas) e da Arsam (Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos do Amazonas), o vereador Wilker Barreto (PHS), relator da comissão, visitou a ETA-Mauazinho (Estação de Tratamento de Água do Mauazinho), responsável pelo abastecimento dos bairros Distrito Industrial, Lagoa Verde, Mauazinho, parte do Japiim, Parque Mauá e os conjuntos Nova República e Atílio Andreazza, onde vivem mais de 200 mil pessoas.
Após a visita, o vereador Wilker Barreto disse que vai solicitar informações à Arsam e Águas do Amazonas quanto ao tratamento e descarte dos efluentes. Segundo o parlamentar hoje a ETA do Mauazinho registra uma perda de aproximadamente 17% do que é captado em relação ao que é consumido pela população. “Nós precisamos saber exatamente o que é despejado nos nossos rios, sob pena de destruirmos o meio ambiente”, afirmou Wilker Barreto.
O vereador também demonstrou grande preocupação com o uso desregrado e desregulado do lençol freático. “Já perdemos 20 anos de reserva técnica de água potável. A água é um recurso finito. O povo precisa saber que hoje mais de 90% dos poços artesianos estão contaminados”, disse. Durante a visita foram verificadas as instalações e processos de tratamento e distribuição da água. O técnico da Ufam, Euler Erlanger, questionou o representante da concessionária Águas do Amazonas quanto ao tratamento dos efluentes, processo de certificação dos medidores da taxa de Ph e aferição dos resultados dos testes de qualidade da água. Ele verificou todos os processos e equipamentos, concluindo que estavam funcionando normalmente.
De acordo com o técnico da Águas do Amazonas, a ETA do Mauazinho capta cerca de 200 litros de água por segundo e devolve para consumo da população aproximadamente 190 litros no mesmo intervalo de tempo. Há uma perda de 17% entre a captação e a distribuição de água, devido a problemas físicos, químicos e estruturais, revelou o técnico da concessionária.
Na próxima quinta-feira, a Comissão Especial das Águas vai realizar a primeira reunião de trabalho com a população, na Zona Norte da cidade. O objetivo, segundo o relator Wilker Barreto é ouvir os consumidores que na prática são os mais afetados pelo bom ou mau serviço prestado pela concessionária.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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