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Comércio do AM registra queda na arrecadação em agosto

O desempenho da atividade comercial no Amazonas fez a estatística de arrecadação tributária do setor apresentar queda de 18,78%, em agosto e aumento de 5,88% nas taxas e contribuições para o Estado. Segundo o  levantamento da Sefaz (Sefaz Secretaria de Estado da Fazenda), o recolhimento de impostos do segmento econômico totalizou R$ 441,27 milhões inferior aos R$ 543,34 milhões registrados no mês de julho. 

De acordo com a Fecomércio-AM  (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Amazonas) , que representa 54% da arrecadação de impostos e dois terços da mão de obra do estado, vale lembrar que o ano de 2020 foi completamente atípico em razão das fortes restrições de funcionamento do comércio por conta da pandemia.

O presidente em exercício da Fecomércio,  Aderson Frota, atribui o recuo a diversos fatores como interrupção da cadeia de suprimentos em função da escassez de navios e contêineres e a alta do dólar, o que gerou  um descontrole e uma descompensação. 

“Tivemos aumento do dólar, taxa Selic, reajustes nos preços dos combustíveis, aumento nos custos financeiros, além do aumento na energia elétrica, isso tudo vai gerar um aumento exagerado nos custos de todas as empresas. O comércio repassa a carga tributária nos preços, com essa escalada de custos, com certeza impacta  no preço final das mercadorias”, enfatiza ele. 

Segundo o dirigente, o conjunto, geraram uma pressão sobre os preços de toda a cadeia de produção e consumo causando inflação que por sua vez gerou contramedidas do governo de sucessivos aumentos.

Somente a partir de março de 21, quando o governo começou a flexibilizar as restrições de funcionamento, a economia vinha sinalizando importantes sinais de retomada, mas algumas nuvens escuras surgiram no horizonte. “Crise hídrica elevou o custo da energia elétrica, forte aumento no preço dos combustíveis, aumento irracional no custo dos transportes. Podemos citar o frete de um contêiner que passou de US$ 2,5 mil para US$ 25 mil”, atribui o presidente em exercício da Fecomércio,  Aderson Frota. 

Ainda conforme Frota, a combinação destes desequilíbrios possui um velho e conhecido impacto devastador sobre o poder de compra do consumidor, que já se refletiu na arrecadação deste mês de agosto/21 (R$ 1,1 bilhão), retração de 11,91% sobre o mês imediatamente anterior, julho/21 (R$ 1,3 bilhão). 

Ele afirma que a economia é como um grande navio cuja mudança de curso é lenta, mas as medidas de correção precisam ser implementadas com urgência e a sociedade civil organizada tem o importante papel de mostrar, informar e cobrar das autoridades públicas, medidas que assegurem estabilidade e crescimento econômico.

“A Fecomércio vem trabalhando uma intensa agenda construindo pontes entre a sociedade, setores econômicos que representa, sindicatos patronais, autoridades públicas e governo com vistas a buscar soluções para tantos desafios”, destaca Frota. 

Por dentro

Dados nominais da Sefaz informam que em julho, o comércio foi a atividade que mais gerou recolhimento de impostos, taxas e contribuições para o Estado R$ 543,34 milhões,  além de alcançar os maiores crescimentos mensais de 15,17% e anual 50,27%. Em agosto, o comércio teve recuo e caiu para a segunda posição.

Foto/Destaque: Divulgação

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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