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Comércio derruba empregos no AM

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Em janeiro de 2014 o Amazonas apresentou um saldo negativo de -2.658 empregos formais, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho e Emprego divulgados nesta quinta-feira (20). No primeiro mês do ano, o comércio foi o grande responsável pelo fraco desempenho do Estado na geração de empregos. Com 4.546 demissões e 3.377 admissões, o comércio fechou o mês com -1.169 postos de trabalho. O resultado praticamente iguala os números assinalados em janeiro de 2013, quando foram registradas 1.284 desligamentos no comércio amazonense.
De acordo com o presidente da Fecomércio Amazonas (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amazonas), José Roberto Tadros, a expectativa com relação à Copa do Mundo de 2014 tem direcionado uma maior procura e geração de empregos para os setores de serviços –como hotelaria, bares, restaurantes e transportes –e governamental.
“Muita coisa é expectativa sobre a Copa do Mundo e isso tem acarretado maiores investimentos na área de serviços. Por outro lado o trabalho desenvolvido pelos governos municipal e estadual estão contratando mais e isso também entra na área de serviços”, destacou. Mas, apesar da justificativa de Tadros, os números do Caged também demonstram queda na geração de empregos com carteira assinada nos setores de serviços (-914 vagas) e administração pública (-7).
José Roberto Tadros afirmou ainda que o próprio crescimento da cidade, com o crescimento vegetativo da população, o aumento da cidade via imigrantes, também é um fator determinante para a queda no nível de empregos no comércio.

Temporários em baixa

Tradicionalmente marcado por números negativos por conta da demissão de funcionários temporários, em 2014 o mês de janeiro não apresentou esta característica, devido ao baixo nível de contratações no fim do ano passado.
“Não houve grande crescimento (no nível de empregos temporários) em dezembro. Inclusive as expectativas de muitos que esperavam ter um crescimento significativo na contratação de temporários não foram confirmadas e, surpreendentemente, está acontecendo agora no mês de janeiro”, explicou Tadros.

Outros setores

O setor da construção civil no Amazonas também apresentou desempenho negativo em janeiro. No período foram 2.504 desligamentos e apenas 1.564 carteiras assinadas, o saldo fechou em -940 empregos.
Já a indústria se manteve praticamente estável, com a abertura de 433 novas vagas (5.254 admissões e 4.821 demissões). Apesar de positivo, o desempenho da indústria ficou muito aquém do que foi registrado em janeiro de 2013, quando o saldo foi de 1.115 empregos.

País gera 29,6 mil vagas em janeiro

O Brasil gerou 29,6 mil empregos com carteira assinada em janeiro, alta de 2,4% frente ao volume de postos criados no mesmo mês do ano passado, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregos).
O saldo do mês passado, contudo, ainda está muito distante do registrado em janeiro de 2012, quando 118,9 mil vagas surgiram. Em 2011, foram 152 mil.
“O importante são os últimos seis meses. Há uma tendência que se consolida de crescimento. Pode ser muito pequena, mas não é negativa”, afirmou o ministro do Trabalho, Manoel Dias.
Com os dados de janeiro, chegou-se ao sexto mês consecutivo de crescimento na geração de vagas frente ao mesmo mês do ano anterior.
Dias reafirmou a estimativa de geração de 1,4 milhão a 1,5 milhão de empregos este ano, o que representaria um avanço de cerca de 30% frente ao alcançado em 2013.
Segundo o ministro, não há indicativo “de ruptura do processo de crescimento” e deve haver alta nos setores de serviços, indústria e, especialmente, construção civil, devido aos investimentos do governo.

Setores

No mês passado, foi justamente o setor de construção civil que mais ampliou o número de empregos formais frente a dezembro, com alta de 1,22% no estoque de vagas, ou 38,1 mil postos.
Em números absolutos, a expansão mais expressiva foi da indústria de transformação, com criação de 38,5 mil vagas, aumento de 0,46%.
O ministro disse que os dados rebatem as informações de que a indústria brasileira estaria vivendo um período de crise, como indicavam empresários.
Em outros setores também houve expansão da base de vagas, apesar de mais tímida. Foi o caso de serviços (+0,15%), agricultura (+0,24%), serviços industriais (+0,31%), administração pública (+0,13%) e extrativa mineral (+0,12%).
Houve retração apenas no comércio, onde foram cortados 78,2 mil postos de trabalho, com queda de 0,85% na base.
Segundo o ministro, historicamente há queda no estoque do comércio em janeiro, um ajuste do setor diante das contratações extras feitas para as festas de fim de ano.

Regiões

Houve queda no número de empregos em 13 Estados. No Rio de Janeiro, a retração foi expressiva. Foram menos 21,6 mil postos de trabalho -destes, 17,5 mil perdidos apenas na região metropolitana da capital.
Alta foi verificada em 14 Estados, com destaque para Santa Catarina, onde houve 18,3 mil novas vagas formais.
No ano passado, foram criados 1,1 milhão de empregos com carteira assinada, queda de 14% frente a 2012 e o pior resultado em dez anos.
Em dezembro, o país perdeu quase 550 mil vagas, resultado um pouco melhor que o de dezembro de 2012, quando houve decréscimo de 497 mil postos formais. Dezembro tradicionalmente é um mês de contração do mercado de trabalho.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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