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Comércio de Manaus tem altas expectativas para o Dia dos Namorados

Os comerciantes da capital amazonense esperam alta de 3,1% para as vendas do Dia dos Namorados deste ano, com geração de receita bruta superior a R$ 49,63 milhões e ticket médio de R$ 145,92 para as compras. Os dados são da pesquisa da CDL-Manaus (Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus), divulgada nesta terça (1º). A entidade explica que a base comparativa utilizada é a de 2019, já que o varejo não estava inteiramente reaberto 12 meses atrás. 

Os produtos preferidos pela clientela seguem a linha já apresentada no Dia das Mães: o das “lembrancinhas”. Itens de perfumaria, vestuário, calçados, ou mesmo jantares românticos, são a escolha da maior parte dos consumidores manauenses. A maioria dos entrevistados da CDL-Manaus têm como principal critério o preço, na hora de escolher o presente. E um em cada três pretende comprar parcelado no crédito, além de não gastar mais de R$ 100 na empreitada.      

A maioria (57,2%) dos manauenses que vai ganhar presente neste ano se enquadra na categoria dos “namorados/as”, mas há espaço também para “esposo/as” (24,7%), “noivos/as” (12,4%) e “ficantes” (2,4%), mas 3,3% não souberam definir o grau da relação da pessoa a ser presenteada. De acordo com levantamento, 43,3% devem dispender de R$ 100,1 a R$ 200 na compra do presente deste ano e 26,3% esperam gastar de R$ 50,1 a R$ 100. A lista se completa pelos que esperam gastar de R$ 200,1 a R$ 500 (13,3%), de R$ 500,1 a R$ 999 (6,2%), acima de R$ 999 (3,4%) e até R$ 50 (3,3%). 

Vestuário e perfumaria   

Indagados sobre o que pretendem dar de presente no Dia dos Namorados, 14,9% dos consumidores ouvidos pela entidade escolheram vestuário, 12,5% se decidiram pelos perfumes, e 11,2%, pelos calçados. Lingerie (7,9%), almoço/jantar (7,5%), flores/buquê (7,4%), produtos de beleza (6,9%), joias/relógio (5,8%), cesta/chocolates (4,4%), bolsas/similares (4%), artigos esportivos (2,8%), smartphone (1,9%), e eletroeletrônicos (0,9%) ocupam as posições seguintes. Pelo menos 6,2% ainda estão indecisos e 5,7% escolheram outros itens que não estavam na lista oferecida pela pesquisa.

O ranking de produtos selecionados para ganhar de presente é semelhante, com a precedência de perfumaria (18,4%) e vestuário (13,8%), além de almoço/jantar (13,1%), calçados (9,2%), bolsas e acessórios (8,3%), entre outros. Mas, itens de maior valor agregado – e mais caros – contam com participação maior nessa lista, a exemplo de joias/relógios (6,7%), smartphones e eletroeletrônicos (os dois com 3,5%). 

Os meios de pagamento preferencial são o cartão de crédito parcelado (29,3%), cartão de débito (25,4%), dinheiro (18,3%), crediário de loja (11,2%), cartão de crédito a vista (8,3%) e pix (7,3%). Os locais de compras escolhidos são shoppings centers (29,3%), Centro (18,7%), comércio de bairro (14,2%) e lojas de departamento (10,2%). Mas, assim como visto no Dia das Mães, os meios eletrônicos começam a ganhar mais espaço no coração – e carteira do consumidor. As mídias sociais das lojas são a opção para 17,8% deles e a internet/e-commerce conta com o gosto de outros 6,3%, enquanto 3,5% ainda estão indecisos. 

O presidente da FCDL-AM (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado do Amazonas), Ezra Azury, concorda que, diante dos números da sondagem, a escolha do presente está sendo influenciada em algum grau por “falta de dinheiro na praça”. O dirigente, que também é vice-presidente da CDL-Manaus, argumenta, contudo, que o fator pandemia também é um diferencial da data comemorativa, neste ano.

“Também vimos isso no Dia das Mães. As pessoas querem ganhar e dar presentes para serem usados saindo de casa, como uma roupa, ou um sapato, ou uma bolsa, entre outros. Um smartphone ou eletrônico não entra necessariamente nessa categoria, mas um almoço ou jantar, sim. Acredito apenas que o potencial da refeição fora do lar vai ser um pouco limitado, porque ainda temos restrições de horários nos restaurantes e dificilmente teremos alguma flexibilização até lá”, ponderou.

Indagado sobre a predominância dos shoppings nos locais de compra apontados pelos consumidores de Manaus, Azury descartou a hipótese de que a escolha estaria amparada em uma preferência por estabelecimentos controlados e supostamente menos vulneráveis à pandemia. No entendimento do dirigente, as enchentes atípicas deste ano tem papel mais decisivo na opção, do que a crise sanitária, e ainda há motivos para otimismo.  

“A cheia tem um papel importante nessa escolha, já que ela ajudou a espantar o consumidor do Centro, fazendo com que o movimento de lá caísse muito, embora apenas algumas ruas estejam com água. Embora a data não seja tão importante a ponto de justificar contratações e investimentos apenas por esse motivo, nossas expectativas são boas. Já tivemos um Dia das Mães com vendas acima do esperado, e o comércio vem se aquecendo pouco a pouco”, arrematou. 

Perfil dos entrevistados

A pesquisa foi realizada via Google Formulários® aplicado através de e-mail marketing e aplicativo de mensagens instantâneas, durante o período de 10 a 21 de maio deste ano. No total, foram direcionados 582 questionários, a homens e mulheres maiores de 18 anos, pertencentes às classes A, B, C e D, e residentes na zona urbana da capital amazonense.

A maioria dos entrevistados têm ensino superior incompleto (43,6%) e completo (27,6%), seguidos pelos que já contam com pós-graduação (15,3%), e por aqueles que têm ensino médio completo (12%), incompleto (0,8%) ou apenas o fundamental completo (0,7%). Homens (59,8%) superam as mulheres (40,2%), por uma margem significativa. A faixa etária mais frequente, por outro lado, é a de 35 a 49 anos (32,6%), sendo seguida de perto pelos que têm entre 25 a 34 anos (30,2%), de 18 a 24 anos (18,9%), entre 50 e 59 anos (16,3%) e de 60 a 69 anos (2%).  

Em torno de 28,4% ganham de R$ 1.501 a R$ 2.500, sendo seguidos pelos que têm rendimentos mensais de R$ 2.501 a R$ 3.500 (24,5%), R$ 3.501 a R$ 4.500 (19,3%), acima de R$ 4.501 (15,4%) e entre R$ 1.100 e R$ 1.501 (12,4%). Empregados de empresas privadas (36,2%) e profissionais liberais (28,9%) respondem pelas maiores fatias. Na sequência estão os estudantes/estagiários (13,3%), funcionários públicos (10%), “outros” (4,3%), aposentados/pensionistas e trabalhadores do mercado informal (ambos com 3%), desempregados (1%) e donas de casa (0,3%).  

Foto/Destaque: Divulgação

Marco Dassori

É repórter do Jornal do Commercio
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