Associação Amazonense de Supermercados estima aumento de 10% a 15% nas vendas nos centros de compras neste período
MANAUS – Apesar da economia brasileira não viver um grande momento, o amazonense não deve fugir à tradição de presentear ou adquirir para consumo os tradicionais ovos da Páscoa. O item faz a alegria da indústria, comércio, trabalhadores e consumidores. Só as redes de supermercados de Manaus receberam mais de 200 mil ovos de Páscoa e as indústrias nacionais contrataram cerca de 100 pessoas, para darem suportes aos negócios na capital amazonense.
Para o vice-presidente da Associação Amazonense de Supermercados (Amase), Alexuel Rodrigues, a Páscoa deve resultar em um crescimento nas vendas estimado entre 10% e 15% para o setor de supermercados, e ainda, um crescimento de 100% na comercialização de chocolates, em comparação ao mesmo período de 2014.
Rodrigues acredita que mesmo com os aumentos nos preços, o cidadão deve manter a tradição da compra do ovo de Páscoa. Ele afirma que as indústrias de chocolates nacionais contrataram 100 funcionários temporários em Manaus. Eles atuam como promotores de vendas distribuídos entre os supermercados existentes na capital.
De acordo com o vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDLM), Ezra Benzion, nas semanas antecedentes ao período da páscoa foi possível observar o grau de avaliação dos consumidores quanto à compra de um ovo de chocolate. Ele afirma que neste ano as pessoas procuraram opções que se encaixavam ao determinado orçamento. “Vivemos um período de certa retração nas vendas. Temos visto pessoas pesquisando os preços dos ovos e melhores opções aos orçamentos. Isso acontece porque todos procuram se adequar às novas realidades quanto aos ajustes fiscais e aumentos nos preços”, comenta.
Indústria de chocolate entre expansão e retração
O proprietário da empresa Oiram Chocolates Ltda., Mário Oiram Fogaça, frisa que a páscoa neste ano foi atípica, com resultados em níveis abaixo do esperado. Ele conta que os produtos mais procurados pelos clientes foram os de menores preços, enquanto os ovos com pesos acima de 300 gramas continuam nas prateleiras, com pouca saída. “O mercado está desanimado. Reduzimos o ritmo de produção. A expectativa era de produzir algo entre 8 e 10 mil ovos mas infelizmente fechamos essa produção em 6 mil ovos. Também produzimos conforme as encomendas”, disse. “Desde 2003 não passávamos por uma páscoa difícil como essa”, completa.
Fogaça conta que no mês de março a empresa registrou queda de 60% nas vendas. Ele acredita que a insegurança transmitida pelas mudanças econômicas nacionais está pondo freio aos consumidores. “Os produtos estão nas lojas com preços competitivos. Sofremos o reflexo dessa crise econômica”. Segundo o empresário, neste ano muitos consumidores optaram pela fabricação caseira dos ovos de chocolate. “Ao comprar material para a fábrica, notei que muitos compravam para produzir em casa. Hoje, com a internet está tudo mais fácil e acessível. Com certeza é uma forma de economizar”, avalia.
Outro impacto sentido pela empresa foi quanto a contratação de mão de obra. Em períodos que antecedem a páscoa e o natal a empresa contrata cerca de dez funcionários temporários. Porém, nesta páscoa, esse número se restringiu a três. “A ideia era contratar os dez colaboradores mas não foi possível devido à baixa demanda. Pretendemos efetivá-los”.
Preços
Nas principais redes de supermercados da cidade é possível encontrar ovos de Páscoa de 90 gramas pelo preço de R$16,90; de 150 gramas por R$19,90; de 510 gramas por R$44,90, de 750 gramas pelo custo de R$58,89, entre outros. Já as barras de chocolate, com peso entre 130 e 170 gramas podem ser encontradas a preços a partir de R$4,69. Outra opção, é a caixa de bombons de 355 gramas. O valor médio é de R$9,90.
