Pesquisar
Close this search box.

Comércio começa o ano em marcha lenta

https://www.jcam.com.br/ppart29032011.JPG

Embora, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Amazonas tenha apresentado dados positivos para o comércio varejista em janeiro, a capital amazonense não pode se orgulhar de seu desempenho no primeiro mês do ano, de acordo com a Fecomércio/AM (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amazonas).
O período de férias, com grande emissão de habitantes, ocasionou uma variação negativa em praticamente todos os indicadores na região, quando comparados a igual mês do ano anterior.
No quesito destinado a geração de empregos, assim como na análise do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que registrou saldo de -1,84% na capital, com 2.755 contratações para 4.059 demissões, a Federação anotou uma queda de 3,57% no nível de emprego do período, com destaque para o serviço de bens semiduráveis.
O vice-presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio do Amazonas, José Ribamar Vieira, fala que o segmento contrata uma demanda grande para a época natalina, e precisa descarregar este número no início do ano. Segundo ele, tanto em janeiro quanto fevereiro, o número de demissões foi maior que o esperado pelo Sindicato. “Em comparação ao ano passado, houve alta de 5% a 7% nos dígitos de funcionários demitidos”, destacou.
Mesmo assim, os dados da Fecomércio/AM apontam que a folha de pagamento, no confronto com janeiro de 2010, sofreu mudanças distintas dos outros índices, com um aumento de 2,89%.
Segundo o presidente da entidade, José Roberto Tadros, o comércio passou a sentir a necessidade de uma mão de obra mais qualificada. Por isso, os comerciantes apostaram em salários melhores.
O representante dos empregados da região, José Ribamar Vieira, comenta que os dados comerciais devem ficar mais concretos a partir deste mês de março. Nos dois meses que iniciam o ano, houve empreendimentos em que os lojistas só conseguiram vender o suficiente para pagar o aluguel, de acordo com ele.

Faturamento em queda

Na pesquisa da Fecomércio/AM, o faturamento e as vendas brutas dos empreendimentos na localidade apresentaram queda de 5,33% e 5,36%, respectivamente. Em ambos os indicadores, o comércio automotivo foi um dos principais responsáveis pela performance, com um percentual negativo de 13,16% e 12,17% nos dois itens pesquisados.
O presidente da ACA (Associação do Comércio do Amazonas), Gaitano Antonaccio, contesta estes dados. Ele enfatiza que, apesar de o resultado ser menor do que o esperado, houve um leve crescimento na atividade varejista da capital.
Apesar da perspectiva de elevação na ordem dos 4%, o comércio de Manaus apresentou pequena elevação de 1% a 2%. Antonaccio explica que o corte de crédito e a subida de juros como prevenção para impedir a alta na inflação, favoreceram a redução nas compras. “Mas, não teve nenhuma queda”, salientou.
Enquanto isso, o nível de estoque apresentou declínio de 2,63% na comparação com janeiro do ano passado. Embora com diferentes abordagens, assim como o dirigente da ACA, Tadros analisa que a ameaça à inflação foi um dos fatores predominantes para a retração no mercado.
O presidente avalia que os dois períodos passaram por cenários opostos, por isso o percentual negativo. Em 2010, a estratégia do governo para evitar a crise foi a abertura no mercado interno, facilitando o crédito e reduzindo a taxa de juros, já em 2011, com inflação além das expectativas, a postura clássica governamental foi encarecer o dinheiro.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

Pesquisar