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Comércio cauteloso com final do ano

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Entidades do comércio afirmam que os pedidos para o final de ano ainda estão em baixa

A crise brasileira, agora somada às incertezas na economia mundial, está afetando diretamente a preparação do comércio para as festas de fim de ano. Entidades do varejo ouvidas pelo Jornal do Commercio, afirmam que, diferentemente dos anos anteriores, neste 2015, há exatamente quatro meses do Natal, os pedidos e encomendas do comércio para a data mais importante em termos de venda ainda estão em baixa.
De acordo com o presidente da ACA (Associação Comercial do Amazonas), Ismael Bicharra, já é consenso entre os comerciantes de que o Natal deste ano irá registrar queda nas vendas em relação ao ano passado. Para ele, com o cenário desfavorável às vendas, tanto interna, como externamente, muitos lojistas preferem ‘pisar no freio’ na hora de se preparar para as festividades natalinas.
“Cautela sempre deve existir em momentos de dificuldades como os que estamos passando. Ontem (segunda-feira) tivemos queda na Bolsa da China, que afetou a economia do mundo inteiro. Com isso o empresariado fica muito cauteloso e apreensivo. As empresas estão apreensivas em comprar para o Natal, mas é Natal. Vamos ter movimento e dinheiro em circulação, mas com bastante apreensão”, analisa o presidente da ACA. A mesma visão é compartilhada pelo presidente da CDLM (Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus), Ralph Assayag. Ressaltando a maior cautela por parte do empresariado em relação a novos investimentos, o dirigente afirma que em um ambiente econômico instável, o comércio está dando “um passo de cada vez”.
“Ainda não começamos a preparação para o Natal porque estamos fazendo por etapas, analisando cada ação individualmente. Cada hora temos situação nova, vinda do governo. Vamos aguardar o Dia das Crianças para analisar a situação e depois pensar”, explicou Assayag.

Dia das Crianças
Ainda segundo análise da ACA, assim como o Natal, o Dia das Crianças, comemorado em outubro, também deverá fechar com queda nas vendas em relação ao ano passado. Ele afirma que, apesar de o segundo semestre ser o melhor período do ano para as vendas, o comércio local vive um agosto de baixas, acompanhando a tendência de queda nas vendas, o que deverá se repetir nos meses seguintes. Para ele, ainda existe no mercado uma preocupação muito grande com o desemprego, inflação e com as instituições.
“O governo não transmite segurança nem para empresários nem para consumidores, além da inadimplência, que vem aumentando assustadoramente. A gente vê muito desemprego. A indústria ainda está cambaleando e ainda não voltou aos níveis normais de produção. Fazendo uma análise deste cenário o comerciante compra menos, com isso se fabrica menos e se vende menos. É um círculo. Devemos ter, sim, um final de ano e um dia das crianças bom, mas, sem dúvida, não melhor que no ano passado”, finalizou Ismael Bicharra.

Lucas Câmara
[email protected]

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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