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Comercial Bezerra atinge 43 anos de negócios

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Sem perceber, Bezerra se tornou pioneiro na cidade a comercializar rádios-comunica­dores e equipamentos de me­dição e um dos primeiros im­portadores, antes mesmo da exis­tência da Zona Franca.­
Os produtos vendidos em sua loja vinham diretamente da R. F. Comunication, dos Estados Unidos, e um dos seus principais clientes era o Exército Brasileiro. Logo depois começou a representar no Brasil a Cientific Radio Systems, também dos Estados Unidos. Passou a ter como sua principal cliente dos produtos da Cientific Radio Systems, a Tela­mazon que adquiria rádios-comunicadores para utilizar em ­todos os municípios do Amazonas.
Uma outra maneira utilizada por Bezerra para ampliar seus negócios foi a venda de serviços. Antes mesmo de abrir a Comercial Bezerra, já trabalhava vendendo serviços de eletrônica numa cidade que fora uma das primeiras do Brasil a utilizar a energia elétrica no auge do comércio da borracha, e agora definhava com um fornecimento racionado.
Foi ele quem instalou os equipamentos e pôs no ar a rádio Rio Mar, em 1954, e deu manutenção técnica na incipiente Refinaria de Manaus, em 1957. Também deu assistência à empresa de cinemas J. Fontenelle & Cia., proprietária dos cines Polytheama, Éden, Odeon e Popular, tendo instalado o cinemascope nas três primeiras salas.

Medo da
informática

Quarenta e três anos depois de abrir suas portas, a Comercial Bezerra continua na mesma esquina das ruas Costa Azevedo com 24 de maio e, de acordo com Bezerra, o local não mudou muito. Sentado a uma mesa, num dos cantos da loja, como faz há mais de 40 anos, o empresário diz que os negócios já não são mais como antigamente. “No começo vendia muitos rádios-amadores e rádios-comunicadores para São Paulo. Vinham clientes de lá comprar aqui comigo porque eu era o único importador no Brasil”.
Bezerra chegou a abrir uma filial em Manaus e outra em São Paulo, mas achou melhor manter somente a matriz e do alto de sua experiência, dá alguns conselhos.
“A tecnologia torna os produtos rapidamente obsoletos. Antes eu ficava com um produto na loja por um bom tempo, mas ele acabava sendo vendido. Hoje não é mais assim. Se o produto não for vendido logo, surge um outro mais moderno e aquele fica empacado. Tenho medo da informática por causa disso. Os produtos se renovam rapidamente e cada novidade que surge, vem mais barata fazendo a sua margem de lucros reduzir”.
Bezerra disse que sua empresa já chegou a ter 6.000 itens em exposição, mas hoje estão reduzidos à metade. O forte dos negócios continua sendo a prestação de serviços. Permanentemente ligado nas concorrências públicas para venda de seus equipamentos e serviços, Bezerra afirmou que até essas estão cada vez mais concorridas, mesmo assim, ainda é com a prestação de serviços que ele realiza bons negócios. “Estamos preparados para a realização de qualquer serviço eletrônico especializado”, completou, do alto da sua experiência.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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