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Comemorações pelo Dia do Escritor

Evaldo Ferreira: @evaldo.am

Ontem (25), se comemorou o Dia Nacional do Escritor. A data lembra o dia 25 de julho de 1960, quando foi realizado o 1º Festival do Escritor Brasileiro, evento organizado pela UBE (União Brasileira de Escritores), em São Paulo. Desde então, nesse dia, são organizados eventos que buscam valorizar autores e autoras da literatura brasileira e incentivar a leitura de suas obras. Em Manaus, as comemorações tiveram início ainda na semana passada com a entrega do Prêmio Arara Cultural, pelas academias Abeppa e Alcama, na sexta-feira (22). Um tributo ao Clube da Madrugada, no sábado (23),, foi organizado pela Academia de Letras do Brasil exatamente no pé do mulateiro, na praça Heliodoro Balbi, onde o Clube surgiu, em 1954. Na noite de ontem, a Casa do Escritor entregou o Prêmio Selo à Casa do Escritor, além de entregar comendas a vários escritores barés. Hoje (26), é a vez do Clam (Clube Literário do Amazonas), homenagear a data, com um sarau e o pré-lançamento do livro ‘Autobiografia’ em comemoração aos 20 anos do Clube. No sábado (30), encerrando as comemorações, o escritor Gaitano Antonaccio lança cinco títulos de uma vez só, chegando a 160 livros publicados.

“O Dia Nacional do Escritor é uma das datas do calendário cultural do Clam quando organizamos saraus, oficinas em universidades, concursos de poesia em escolas e participamos de eventos em outras instituições literárias”, falou Álvaro Smont, presidente do Clam.

Nesta terça-feira (26), o Clube estará no auditório da Universidade Nilton Lins, unidade Japiim, às 18h30, promovendo um diálogo com escritores tendo a participação dos autores Miguel de Souza e Renan Albuquerque seguido do pré-lançamento de ‘Autobiografia’, além de um sarau com poemas do livro. Ainda serão homenageados os autores professores universitários Nelson Castro e Raimundo Nonato.

“Finalizando, faremos a entrega dos certificados aos acadêmicos do curso de letras que participaram do ‘Bloomsday’, promovido por nós, em junho”, acrescentou.

Mais a qualidade  

Ao longo de seus 20 anos de existência, o Clam produziu duas antologias, ‘A quinta estação’, em 2008, comemorativa aos dez anos do Clube e, agora, ‘Autobiografia’.

“Nos nossos quadros temos autores como Miguel de Souza, com dois títulos lançados; Edivan Rafael, com mais de cinco; e Thiago Haky, com mais de 15 títulos lançados nacionalmente”, disse Álvaro.

“O Clam tem a missão de preparar novos escritores, independentemente do gênero literário produzido pelo autor, no entanto, é exigido que este tenha domínio daquilo que se propõe a produzir, ainda que a busca pelo aperfeiçoamento faça parte de nossos cursos e oficinas de preparação literária, inclusive o Clam possui um núcleo de revisão de obras. Em resumo, o que se espera é que o Clam, enquanto movimento cultural e literário, seja a escola e o veículo que direcione o autor a atender o que é exigível para a boa leitura e a difusão do conhecimento”, acrescentou.

Com cerca de 20 membros, o Clube Literário do Amazonas busca mais a qualidade do que a quantidade, desde a sua primeira formação, em 2002, sendo seu objeto principal o conhecimento através da pesquisa e da experiência literária ou acadêmica compartilhada entre os membros.

“O Clam sempre levou ao pé da letra a etimologia gaélica CLÃ: família. Logo se integram uma dúzia de jovens intelectuais que visam o mesmo propósito, entre eles a maioria poetas, alguns membros se ausentam e outros se integram. Há ainda aqueles que apenas contribuem com seu talento artístico, como artistas plásticos, atores, fotógrafos e músicos. Atualmente a instituição passa por reforma interna. Após esse período, atenderá aos múltiplos pedidos de ingresso de escritores”, avisou.

Cinco de uma vez

No sábado (30), o escritor Gaitano Antonaccio chega aos 160 títulos publicados sobre os mais diversos assuntos, mas principalmente poesias. Desta feita ele vai promover um evento inédito, o lançamento de cinco títulos de uma só vez: ‘A trajetória do samba na história do Brasil’, ‘Amores perdidos no tempo’, ‘Pérolas esparsas’, ‘Livro das essências’ e ‘O mundo empresarial e seus bastidores’.

Os livros serão lançados pela Asseam (Associação dos Escritores do Amazonas) e Alcear (Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas), em parceria com a Confraria Acadêmica do Amazonas, na sede da Alcear, rua Monsenhor Coutinho, 527, Centro.

“Quando tudo parou, por causa da pandemia, eu não parei de escrever, por isso cinco títulos de uma só vez, e aguardem que estou com mais três para serem lançados ainda este ano”, informou.

Gaitano lembra que começou a escrever poesias com oito anos de idade e até lançou um livro naquela época, ‘Esquina onde os versos se encontram’, escrito à mão.

“Livro mesmo, lancei meu primeiro, em 1961, e não parei mais. A maioria é de poesias. Tenho todas guardadas, desde a infância, e muitas estão publicadas. Minhas poesias quase sempre falam do amor, das mulheres, e porque não, de homens, também”, contou.

O mais novo lançamento de livros de Gaitano Antonaccio começa a partir das 9h30, no Espaço Cultural Francisco Antonaccio.

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Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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