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Começa recuperação da economia global, aponta FMI

A recuperação da economia global já começou, mas para que seja sustentável será preciso que os Estados Unidos dirijam o foco de sua produção para as exportações e os países da Ásia, para as importações, disse ontem o economista-chefe do FMI (Fundo Monetário Internacional), Olivier Blanchard.
Em um artigo divulgado ontem, Blanchard disse ainda que o desempenho da economia pode ser menor que antes da crise financeira. “A reversão (da crise) não será simples”, disse Blanchard. “A crise deixou cicatrizes profundas, que afetarão tanto a oferta como a demanda por muitos anos à frente”.
O consumo nos Estados Unidos, que responde por cerca de dois terços de toda a atividade econômica do país e por uma parte considerável da economia global, não deve retornar em breve aos níveis anteriores à crise.
Os dados mais recentes sobre o consumo nos EUA têm preocupado analistas e investidores, o que tem se traduzido em perdas nos mercados financeiros nos últimos dias. Na semana passada, a Universidade de Michigan informou que o índice de confiança do consumidor caiu para 63,2 pontos, contra 66 em julho. O resultado ficou abaixo dos 68,5 pontos esperados pelos analistas.
Além disso, as vendas no varejo no país caíram 0,1% em julho (contra previsões de alta de 0,7%) e os gastos do consumidor americano caíram 0,4% em junho, na comparação com maio. Blanchard disse que a crise financeira fez com que os americanos se tornassem mais conscientes de eventos que, embora pareçam difíceis de ocorrer, quando ocorrem tem efeitos devastadores.
Desse modo, os americanos não devem voltar a hábitos de consumo descontrolados, e tanto os EUA como seus parceiros comerciais terão de se adaptar -em particular a China e outros países asiáticos.
“Do ponto de vista dos Estados Unidos, uma redução no superávit comercial da China ajudaria a elevar a demanda (por produtos americanos) e a sustentar a recuperação dos EUA”, afirmou. “Isso resultaria em mais importações dos EUA, ajudando a sustentar a recuperação global”.
Para impulsionar a demanda doméstica chinesa, no entanto, seria necessário oferecer uma rede de proteção social mais forte e ampliar o acesso das famílias chinesas ao crédito, encorajando o consumo e desestimulando a poupança. “Tanto um aumento na demanda por importações na China como uma valorização do yuan elevariam as exportações dos EUA”, afirmou.

Fim da recessão

Alguns países já conseguiram ver o fim da recessão no trimestre passado. França e Alemanha, por exemplo, tiveram crescimento modesto, de 0,3%, na comparação com o primeiro trimestre do ano. Ambos colocaram fim a uma sequência de quatro trimestres de desempenho negativo.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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