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Com quase 200 anos de existência, só agora a hipnose começa a se expandir  

Evaldo Ferreira: @evaldo.am

Fotos: Divulgação

Até hoje a hipnose faz parte de shows e espetáculos, mas há mais de 20 anos recebeu o reconhecimento como um tratamento cientificamente comprovado para diversos problemas emocionais, muito embora continue sendo uma prática pouco difundida. A hipnoterapeuta Débora Diniz explica que quando é encontrada a programação negativa que está afetando a vida de determinado paciente, este evento é ressignificado e no lugar são instaladas programações positivas. A hipnose é um tratamento que não utiliza medicamentos, garantindo assim o bem-estar do paciente que não se fragiliza com os efeitos colaterais dos remédios. Isso, e muito mais, Débora explicou ao Jornal do Commercio, na entrevista a seguir.     

Jornal do Commercio: A hipnose de hoje é a mesma praticada há quase 200 anos?

Débora Diniz: A hipnose continua a mesma, porém, agora aplicada em ambientes clínicos fundamentada em estudos científicos mais específicos e robustos. Em 1999 o Conselho Federal de Medicina reconheceu oficialmente o uso da hipnose como ‘valiosa prática médica, subsidiária de diagnóstico ou de tratamento, devendo ser exercida por profissionais devidamente qualificados e sob rigorosos critérios éticos’.

JC: Em quais casos a hipnose ‘pode’ ser utilizada? Existem casos em que ‘deve’ ser usada?

DD: Prefiro dizer que a hipnose ‘pode’ funcionar mudando a forma como o cérebro reage aos estímulos. Os benefícios da hipnose são inúmeros e vão desde tratar simples medos, como de escuro e de trovão, até problemas mais complexos, como ansiedade e mesmo depressão, deste modo irei classificá-los em quatro grupos: problemas psicoemocionais, mudanças de hábitos e vícios, saúde física, e alta performance.

JC: O que é a hipnose clínica?

DD: A hipnose clínica, também conhecida como hipnoterapia, consiste na utilização da hipnose como ferramenta terapêutica. O objetivo da hipnoterapia é ajudar as pessoas a superar seus medos, mudando a maneira como pensam sobre esses medos.

JC: A hipnose ficou famosa como número circense. Como saiu do circo para um tratamento cientificamente comprovado?

DD: A hipnose de palco foi criada para entreter e, até hoje, é amplamente usada com este intuito. A terapia com a hipnose deve ser entendida como um tratamento complementar, com eficácia demonstrada por inúmeros estudos científicos publicados nos últimos 20 anos. Estes estudos consolidam uma forte evidência que faz com que a hipnose seja cada vez mais empregada em grandes centros médicos, em diversas partes do mundo.

JC: Quais traumas podem ser tratados com a hipnose? Além de tratados, são curados?

DD: Os traumas são as situações, eventos e experiências que uma pessoa vivenciou e despertaram nela sensações negativas. O tratamento com hipnose é muito eficaz para a superação de traumas, já que pode ser feito por qualquer pessoa e não provoca efeitos colaterais ou riscos para elas. O resultado é sentido em poucas sessões e a pessoa consegue se equilibrar e estabilizar seu estado psicológico, mantendo o controle de suas emoções.

JC: A doença dos tempos atuais é a depressão. A hipnose trata e cura a depressão?

DD: Existem inúmeras formas de tratamento da depressão, as mais comuns envolvendo medicamentos, no entanto, os estudos nos mostram que esta abordagem, se usada isoladamente, pode ter muitos efeitos colaterais e não obter resultados tão satisfatórios, apenas controlando os sintomas. Isso é importante, pois permite ao paciente ter recursos para enfrentar o problema. Neste enfrentamento, entendo que a terapia é o meio para se conseguir resultados realmente duradouros e persistentes. Desta forma a hipnose aparece como uma alternativa muito eficaz para tratar a depressão, pois pode acelerar o processo de remissão dos sintomas num indivíduo, em poucos meses, promovendo a restauração da qualidade de vida e o pleno funcionamento do corpo e da mente.

JC: A consulta com um(a) hipnoterapeuta só pode ser presencial?

DD: As consultas ou sessões de hipnoterapia, antes somente realizadas de forma presencial, hoje podem acontecer de forma on-line, ambos os métodos apresentam os mesmos resultados aos pacientes. Como os ambientes da consulta são diferentes, os pacientes que optam pela hipnoterapia online devem ter alguns cuidados como, por exemplo, estar num local adequado, silencioso e tranquilo, que naturalmente vai ser encontrado por aqueles que forem a um consultório.

JC: Quando procurar um(a) hipnoterapeuta?

DD: Se você quer melhorar sua qualidade de vida, vencer medos, traumas e vícios, aumentar a auto-estima e viver em seu máximo potencial, eu indico a hipnoterapia. Tudo o que está em seu inconsciente, e está lhe prejudicando de alguma forma, pode ser tratado em poucas sessões de hipnoterapia. É incrível como as pessoas podem experimentar algo novo, mais simples do que se imagina, sem riscos, e conseguir atingir resultados comprovadamente satisfatórios.

Contatos:

www.deboradinizhipnoterapeuta.com

@deboradinizoficial

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Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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