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Com pandemia, turismo deixou de faturar R$ 274 bi em 11 meses

A crise causada pela pandemia de Covid-19 fez o setor do turismo deixar de faturar R$ 261 bilhões em 2020, conforme cálculos da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).

Incluindo janeiro na conta, as perdas somam R$ 274 bilhões em 11 meses, contabilizando o período de março de 2020 em diante. Em meio à crise, o setor fechou 397,1 mil postos formais de emprego ano passado, ainda segundo o estudo da CNC.

Os cálculos têm como base a PMS (Pesquisa Mensal de Serviços), cujos dados de dezembro foram divulgados nesta quinta-feira (11), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e informações sobre o fluxo de passageiros e aeronaves nos 16 principais aeroportos do país. O índice de atividades turísticas, da PMS, registrou tombo de 36,7% em 2020 ante 2019.

O pior mês da pandemia para o turismo foi maio do ano passado, quando o setor deixou de faturar R$ 37,47 bilhões, segundo a CNC. No acumulado até janeiro deste ano, a maior parte do faturamento perdido ficou com os Estados de São Paulo (R$ 99,18 bilhões) e Rio (R$ 42,04 bilhões).

No caso dos impactos no mercado de trabalho, as contas da CNC foram feitas com base no Caged, o cadastro de demissões e admissões de empregados formais do Ministério da Economia. As atividades que mais fecharam vagas foram bares e restaurantes (-211,1 mil), transporte rodoviário (-90,7 mil) e hotéis e similares (-56,5 mil).

“O turismo tem sido o conjunto de atividades econômicas mais atingido pela pandemia. Ao contrário do comércio e da indústria que já acusam níveis de atividade acima daquele observado antes no início de 2020, o setor amarga perda de quase 30% em relação à geração média do volume de receitas do primeiro bimestre do ano passado”, diz o relatório do estudo da CNC, elaborado pelo economista Fábio Bentes.

Com base nos cálculos, a entidade estima que o setor do turismo terá mais uma perda no faturamento real, de 9,7%, em 2021. Com isso, a perspectiva é voltar ao nível anterior à pandemia apenas no segundo trimestre de 2023.

Foto/Destaque: Divulgação

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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