Segundo os especialistas no assunto, a Coca-Cola é a marca mais valiosa e conhecida do mundo. Vale 67 bilhões de dólares, mas quem ousar desembolsar esta quantia não vai levar sequer uma garrafa do refrigerante para casa. Seu valor é apenas mercadológico e não inclui milhares de fábricas espalhadas pelo mundo, que faturam 24 bilhões de dólares por ano, e uma rede de distribuição capaz de colocar o produto a disposição do cliente nos balcões mais remotos do planeta. Esses mesmos especialistas dizem que a segunda marca mais conhecida do mundo é a Amazônia. Então, quanto vale o nome Amazônia? E qual seria o faturamento bruto desta marca se estivesse estampada no rótulo de algum produto?
É difícil chegar a números precisos porque a Amazônia não é produto manufaturado que pode ter sua cotação avaliada através de ações de mercado. Toda a riqueza da Amazônia está avaliada em alguns trilhões de dólares, que poderiam ser faturados caso se explorasse todos os recursos biológicos, hídricos, madeireiros, minerais e seu subsolo. É uma fortuna imensa, mas que não rende um tostão para os moradores da região, seja em forma de commodities ou de ações. A marca Coca-Cola está espalhada pelo mundo e na cabeça de quase todos os seres humanos da Terra, assim como a Amazônia, mas ao contrário da empresa americana, que recebe dinheiro de milhares de franquias, a região não fatura nada, está esquecida dos turistas e conserva bolsões de miséria em muitas de suas cidades.
O futuro da Coca-Cola é uma incógnita. A fábrica de refrigerante, fundada há 121 anos, sofre o patrulhamento mundial dos adeptos da alimentação saudável que rejeitam seu principal produto por ter em sua fórmula secreta açúcar em excesso. Ou seja, Coca-Cola faz mal à saúde, embora seus fabricantes não anunciem o produto como algo saudável, mas apenas prazeroso. E o futuro da Amazônia? Este pode ter diversas variáveis. Um deles é o retorno à savana, com o fim da floresta e o solo sendo ocupado por capim, assim como é na região da Grande Savana, na Venezuela, que aliás é o último resquício de como era a região há cerca de 10 mil anos, quando as grande árvores ganharam a disputa pela primazia do chão. Ninguém sabe se a savanização será mesmo uma catástrofe, até porque a região já foi assim no passado recente. Mas que nossas árvores farão falta no equilíbrio climático do planeta, isto é certo.
A Amazônia pode trilhar outro caminho se permanecer a maior reserva florestal do planeta, o que já é hoje, e conter o aquecimento global, nossa maior ameaça para o futuro próximo. É uma questão sine qua non sem meio termo. Para o mundo manter as mesmas características climáticas que tornam a vida no planeta tão agradável para os humanos é preciso retardar o aquecimento global. Para isso, é imprescindível que a Amazônia permaneça com sua cobertura florestal imensa e intacta, armazenando em sua biomassa grande quantidade de gás carbônico, que é lançado na atmosfera todas as vezes que se queimam as árvores. A madeira é carbono e, queimada, contribui com mais combustível para esta bomba ecológica chamada efeito estufa.
É consenso que a queima de combustíveis fósseis é a causa principal do desequilíbrio climático. A atmosfera da Terra nem sempre teve esta mesma composição química de hoje. O ar que envolvia o planeta já teve muito mais carbono, assim como já teve muito metano, amônia e outros gases nocivos para nós, humanos. No entanto, assim como tudo na Terra, mudanças ocorreram e transformaram a composição do ar, que atualmente é composto por 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio, 0,038% de dióxido de carbono e o restante de outros gases e vapor de água. Nossa atividade industrial e nossa matriz energética, baseada na queima de combustíveis fósseis, estão alterando esta composição e aumentando o percentual de carbono no ar. O resultado disso é o efeito estufa, decorrente da liberação na atm