A CNI (Confederação Nacional da Indústria) vê com preocupação o retorno da taxa Selic ao patamar dos dois dígitos. A decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de aumentar os juros em 0,75 ponto percentual, anunciada na primeira semana de junho, confirma que o Banco Central espera que a economia brasileira cresça acima do desejável. Essa é uma avaliação equivocada, analisa a CNI.
A preocupação dos industriários é que a retração forçada traga consequencias maiores do que o esperado.
Segundo os técnicos da instituição, o excepcional crescimento de 9% no PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre não deve orientar as expectativas para o restante do ano, porque os incentivos fiscais, criados para amenizar o impacto da crise internacional sobre a economia, e que forçou a manutenção do consumo forte da população brasileira, foram extintos em março.
A CNI lembra ainda que o aumento do investimento foi mais intenso do que o do consumo para o crescimento da economia no primeiro trimestre.
A maturação desses investimentos aumentará a capacidade de produção da indústria, o que reduzirá eventuais pressões inflacionárias no futuro.
Além disso, a evolução recente dos preços aponta para o arrefecimento da inflação, especialmente dos alimentos. Portanto, há espaço para que o ciclo de alta dos juros seja mais curto e de menor intensidade que o inicialmente
Para a CNI, o desafio da política econômica é conduzir o país a um ritmo de crescimento elevado sem que a taxa básica de juros prejudique os projetos e investimentos das empresas.
Afinal, os investimentos são decisivos para a manutenção do crescimento com estabilidade econômica.
Sendo o Brasil um país franco crescimento da produção industrial, torna-se perigoso tentar conter os investimentos no setor que mais cresce no País.
CNI diz que aumento da Selic parte de análise equivocada da economia
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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