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CMA comemora resultados de operações

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Com a missão de defender a Pátria, o CMA (Comando Militar da Amazônia) tem a finalidade, em tempos de paz, de participar na dissuasão de ameaças aos interesses nacionais. Quando a situação é de guerra ou de conflito externo, a prioridade é conduzir em sua área de responsabilidade, a campanha militar para derrotar o inimigo que agredir ou ameaçar a soberania, a integridade territorial, o patrimônio e os interesses vitais do Brasil.

Para cumprir essa missão, este ano, o CMA, no gerenciamento do general do Exército, Geraldo Antônio Miotto, revelou, no último dia 13 de julho, resultados tangíveis das operações realizadas pelo Comando na Faixa de Fronteira e Estabelecimentos Prisionais em 2017.

Na Faixa de Fronteira, sob as ações de interceptações, inspeções, vistorias, revistas e diversas, o quadro de operações informou que não houve nenhuma inspeção em aeronaves. Foram registradas, contudo, 917 inspeções de embarcações, 3 notificações de embarcações, 2.799 vistorias de motos, 9.109 vistorias em veículos leves, 1.143 vistorias de caminhões, 338 vistorias de ônibus e vans, 2.601 revistas de pedestres e bicicletas, 6 inspeções ANAC aeródromos, 50 inspeções ANAC aeronaves, 14 inspeções RFB, 19 inspeções Ibama, inspeções ANP, uma destruição de pistas e portos clandestinos e 59 inspeções de outras agências.

Já no que tange às ações de patrulhas, o quadro revelou que foram 288 atividades terrestres, 127 naval e fluvial e 12 de reconhecimento de área.

Sob apreensões, a pesquisa informou que nenhuma aeronave foi apreendida esse ano. Porém, foram apresadas duas embarcações, 14 embarcações/balsas, 55 dragas/motores, dois geradores, 23 veículos leves, 12 motos, um caminhão, 6,32 quilos de maconha, 1.022,24 outras drogas, dois animais silvestres, 2.687 quilos de pescado; 1.200 quilos de carne; 550 gêneros alimentícios, 14.570 litros de combustíveis; 9.636 metros cúbicos de madeira, 15.097 gramas de materiais diversos (ouro); e quatro telefones satelitais e rádios.

E apreensões de armas e munições, o quadro mostra que nenhuma armas exclusiva da FA foi apreendida, oito de outras armas, e 1.107 munições de outras armas. Seguido por 12 prisões da APFD (Auto de Prisão em Flagrante Delito) e nenhuma de foragidos e IPM ( Inquérito Policial Militar).
Por fim, seis pedreiras, 51 em pessoas jurídicas e 17 pessoas físicas foram fiscalizadas.

Ações intensas
A ações do Comando Militar da Amazônia (CMA) foram intensas este ano. Durante a Operação Operação Shaw Pã II, realizada no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), foi mobilizado um efetivo de 574 militares para atuarem na vistoria das instalações.

Durante a vistoria, o CMA contabilizou as apreensões de 45 barras de ferro, 30 celulares, dois rádios transmissores, além de facões e armas artesanais. Ao todo, mais de mil servidores públicos participaram da operação.

Para o general Miotto, o quadro revela que o CMA encontra-se em condições de oferecer pronta resposta às ameaças de quaisquer precedência, fazendo da trilogia “vida, combate e trabalho”, o esteio do pensamento e das atividades diuturnas dos seus quartéis.

“Entendo que, desde a sua criação, o CMA representa honrosamente o Exército Brasileiro nessa importante região de nosso território, garantindo a soberania nacional e contribuindo para a nobre tarefa de mostrar aos brasileiros de outras regiões do País a importância da preservação do Amazonas, e de suas áreas de segurança, e da Amazônia para as futuras gerações”, afirmou o general Geraldo Antônio Miotto.

Sobre a Amazônia, o general ressalta que é a região de maior biodiversidade do mundo. “Mas nós, brasileiros, só temos uma pálida ideia dessa exuberância viva. Calcula-se que apenas 10% de todas as formas de vida que a floresta Amazônica abriga já tenham sido estudadas e catalogadas. Essa falta de conhecimento científico sobre o bioma é uma das fragilidades amazônicas. O desconhecimento representa um obstáculo para a produção de riqueza a partir da floresta em pé. É impossível agregar valor ao que não se conhece”, alerta Miotto.

A abrangência do Comando é de 25% do território nacional, tendo como objetivo garantir a segurança nacional, manter a soberania e proteger as fronteiras. Para tanto, conta com o apoio de 28.000 homens.

Amazônia Conectada
E para levar qualidade de vida e informação para os moradores desses lugares longínquos do território nacional, o CMA avançou, também este ano, as ações do Projeto Amazônia Conectada, foi vencedor do prêmio de melhor projeto para prestação de serviço digital no setor público de 2016.

O programa objetiva oferecer para a população do interior do Amazonas (a exemplo de Manacapuru, Coari, Tefé e Novo Airão), uma série de serviços de rede de dados com a mesma qualidade de Manaus em internet, telemedicina, universidade à distância, interconexão entre saúde, segurança pública, trânsito e turismo.

Segundo Miotto, o Programa Amazônia Conectada, vai garantir que um número maior de estabelecimentos de ensino público do Amazonas, possa participar de programas federais de educação. Enquanto nas regiões Sul e Sudeste esse índice de participação via sistema é de quase 100%, no Norte, ainda é baixo, por volta de 40%. “Essa expansão da internet banda larga para o interior do Amazonas vai garantir que escolas ribeirinhas de regiões distantes de Manaus possam se integrar ao sistema do Ministério da Educação de forma mais efetiva”, garantiu.

Retrospectiva
O Programa teve início em 2015, com a interligação de duas unidades do Exército Brasileiro por meio de cabo subfluvial no Rio Negro.

“Conhecer para proteger”
Para a proteção da fauna e flora da Amazônia o Exército aposta no programa “Conhecer para Proteger”. A região conta com mais espécies de animais do que na América Central. Uma única árvore pode servir de lar a 1.700 tipos de invertebrados, que vão de formigas a aranhas, de abelhas a besouros,
Estima-se que a flora, a fauna, as bactérias, os fungos e outros microrganismos da floresta guardem um enorme potencial para a produção de remédios e alimentos e para vários setores da indústria.

“A riqueza escondida, porém, não vale nada. É preciso mãos e cérebros para descobri-la”, salienta Miotto. “Mesmo agora, com o reconhecimento de sua grandeza, a floresta permanece um domínio da natureza no qual o homem não é bem-vindo. No entanto, vivem na região 25 milhões de brasileiros, pessoas que enfrentaram o desafio do ambiente hostil e fincaram raízes na porção norte do Brasil”, emendou.

Um órgão atuante há quase 70 anos
A origem do CMA remonta ao Comando de Elementos de Fronteira, criado em 1948, pelo então Ministério da Guerra, com sua sede em Belém (PA).

Em 1956, recebeu a denominação de Comando Militar da Amazônia e, em 1969, tendo como comandante o general Rodrigo Octávio, sofreu nova reestruturação e teve sua sede transferida para Manaus.

O CMA é composto por um Grande Comando Administrativo, a 12ª Regiões Militares, por cinco Grandes Unidades, 1ª, 2ª, 16ª, 17ª e pelo 2º Grupamento de Engenharia de Construção, além das 25 organizações militares presentes na cidade de Manaus.

Até 2022, o CMA pretende ser reconhecido no âmbito do Exército Brasileiro e da sociedade Amazônica pela excelência operacional, gerencial, ambiental e integradora voltada para a defesa e o desenvolvimento sustentável da região, com o emprego de produtos de defesa tecnologicamente avançados e de profissionais altamente capacitados e motivados.

General recebe título da Aleam
Por conta dos relevantes serviços à sociedade brasileira, ainda este ano, o general Miotto recebeu da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) a outorga do título de Cidadão do Amazonas.
Emocionado com a distinção, o comandante militar disse na tribuna: “Nossas alegrias se multiplicam com essa homenagem que, na verdade, não é para mim, mas para todo o Exército Brasileiro. O nosso Exército, que data de 1648 na Batalha de Guararapes, o Exército que lutou contra os invasores holandeses, franceses e ingleses, o Exército que, pelo alferes Joaquim José da Silva Xavier, participou da luta libertária da Inconfidência Mineira”, relembrou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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