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Clínicas populares estão em alta

Em época de crise, cresce procura por clínicas populares, que suprem demanda de mercado

As clínicas multidisciplinares e populares ocupam uma posição de destaque quando o assunto é atenção primária à saúde.  Além de mais acessíveis em razão dos baixos valores cobrados sem perder atendimento médico de qualidade, o modelo tem suprido a  demanda de mercado com ascensão em todo país e deve continuar,  pelo menos é o que indicam os números informados pelo nicho que atende o mercado local. 

No momento em que a saúde se torna mais debilitada e o acompanhamento médico se torna mais frequente, pacientes de todo o Brasil se deparam com a mesma questão: o aumento da mensalidade dos planos de saúde. Quando somado com a queda da renda média da população e a alta demanda do SUS, o cenário se torna ainda mais preocupante.

É o caso da Clínica da Cidade -rede referência em medicina acessível com 20 anos de atuação no mercado brasileiro, que está há quatro anos no segmento de franquias e em plena expansão. Com unidades de Norte a Sul do país, a rede acompanha de perto essa procura por atendimento. No Amazonas, a marca detectou que 76% dos pacientes atendidos têm mais de 50 anos, dos quais 67% são mulheres.

“Nosso modelo de negócio faz diferença para a vida dessas pessoas que não conseguem fazer o acompanhamento pelo SUS e entendem que o convênio médico é financeiramente inviável. E o foco principal da nossa expansão é esse. Queremos democratizar o acesso à saúde e impactar positivamente milhões de pessoas, de todas as capitais e cidades brasileiras”, conta Jairo Stadler, diretor nacional de expansão da Rede Clínica da Cidade. 

De acordo com a Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência), elaborada pela CNC (Confederação Nacional de Comércio e Bens, Serviços e Turismo), em fevereiro de 2022, quase 30% das famílias de Manaus tinham contas atrasadas, o maior patamar desde 2010. A renda per capita do amazonense está em R$800, segundo pesquisa de 2021, mais de R$ 500 abaixo da renda per capita nacional, conforme levantamento do IBGE. No Estado, os 

valores de mensalidade dos planos de saúde, de acordo com a ANS, têm valor médio de R$ 896 (por adesão) e R$ 768 (individual). Mais do que isso, na faixa acima dos 59 anos, o valor médio ultrapassa os R$ 2 mil.

“É um comprometimento financeiro alto na vida de quem, muitas vezes, tem uma renda menor e possui obrigações pessoais e familiares prioritárias. Atendemos tanto aqueles que, com a perda de renda, deixaram de pagar o plano de saúde, quanto quem teve um incremento no orçamento e agora tem condições de pagar uma consulta particular no conceito de medicina acessível, sem precisar aguardar na fila do SUS. E esse é o nosso público principal”, finaliza Stadler.

Atualmente são 65 unidades, sendo 8 próprias e 57 clínicas franqueadas -entre as em operação e as que estão para abrir nos próximos meses -, todas com infraestrutura para sediar de 5 a 8 consultórios para os atendimentos de mais de 20 especialidades médicas, salas de exames e ponto laboratorial. Ainda, todas as unidades já começam operando com pacotes check-ups para toda a família, como o “Coração Saudável”, “Mulheres 40+ e 40-”, “Homens 40+ e 40-“, “Check-up fitness”, “Mamãe 1° trimestre e Pré-Natal”, “Boas festas” (realizado apenas nos finais de ano), “Kids”, “Saúde em dia Básico” e o “Pós-Covid”, para aqueles que tiveram o histórico da doença. 

Demanda e expansão de mercado

Bem conceituado no Amazonas, o Pró-Saúde Dr. Luiz Fernando, mostra sua expertise de mais de 40 anos de atuação. E observa o crescimento vertiginoso no ramo de atuação.   A rede de clínicas possui unidades em vários locais de Manaus e conta com todas as especialidades em consultas, exames e alguns tipos de cirurgias. E no plano de expansão consta a inauguração de um hospital que vai ampliar mais especialidades de atendimento. 

“Eu acredito que ainda vai crescer bastante, pois grande parte da população não tem plano de saúde e buscam algo rápido e eficiente, com um custo que possam pagar. A nossa empresa está destacada hoje em Manaus, com toda certeza pela excelência da nossa equipe, tanto de médicos como de funcionários e parceiros em geral. Mas principalmente devido ao nosso paciente, um dos nossos grandes valores é “o paciente em primeiro lugar”, sempre damos o nosso melhor para agradá-lo e fazer ele se sentir confortável e feliz com a sua experiência dentro das nossas unidades, sempre com muita humanidade e respeito”, enfatizou Luiz Fernando Neto, diretor administrativo da empresa.  

Sobre números ele informou que, durante a pandemia os atendimentos oscilaram, mas depois que as pessoas se sentiram mais seguras, registram uma demanda altíssima, muito maior do que até antes da pandemia. “Hoje, já estabilizou, tanto a demanda, quanto os casos de Covid, o que nos deixa muito felizes, porque essa época de pandemia foi uma época muito triste e acompanhamos de perto o sofrimento geral e demos nosso melhor para contribuir de forma positiva”. 

“Esse ano estamos com um leve crescimento em relação ao ano passado, números parecidos, mas dessa vez sem os efeitos dos grandes picos da pandemia”, informou.

Segundo o diretor administrativo do Pró-Saúde, a ideia é expandir ainda mais com a abertura de algumas unidades em Manaus. “E como falei anteriormente temos esse grande projeto do hospital, que conseguirá atender de forma digna e humanizada quem mais precisa, assim como nós já fazemos em nossas clínicas. Mas futuramente podemos pensar também em ir para outros Estados, mas por hora, o Amazonas é nossa prioridade”. 

Na opinião de Luiz Fernando Neto, esse mercado é  de extrema importância para contribuição na saúde e fortalecimento, mas lembra que infelizmente o Estado não consegue atender toda a população em todas as especialidades de forma 100% eficaz, o que gera descontentamento de parte dos pacientes. “É muito comum recebermos paciente reclamando das demoras pra conseguir uma consulta ou um exame, e ficam muito felizes quando conseguem um atendimento de excelência e pagando muito pouco comparado a outros lugares, então nós sempre tentamos atender todos com muito amor, excelência e rapidez, pois sabemos que muitas vezes já tiveram péssimas experiências com atendimentos em outros lugares e queremos sempre que a experiência no Pró-Saúde Dr Luiz Fernando seja a melhor possível”. 

Voltado às classes C e D, Cartão de TODOS 

O Cartão de TODOS, em sua modalidade de cartão de desconto, se mostrou uma alternativa positiva à população no quesito atenção à saúde. Ao aderir, o cliente e sua família (esposa e filhos solteiros de até 21 anos) passam a ter descontos nas mais de 300 clínicas parceiras e em tratamentos médicos, odontológicos, exames, farmácias, pequenos procedimentos e óticas. Além da saúde, o Cartão de TODOS ampliou suas atividades para os segmentos de educação (descontos em EaD, cursos presenciais em universidades, idiomas etc) e lazer (academias, pousadas e hotéis etc). Desde o final de 2021, o Cartão de TODOS também tem estabelecido novas parcerias, proporcionando também descontos em serviços essenciais, como gás, telefonia celular, farmácias e outros itens.

Segundo Altair Vilar, presidente da empresa, atualmente, a média do Cartão de TODOS é de 140 mil novas filiações por mês e ainda há espaço para crescer. “Desde 2021, estamos presentes em todas as cidades com mais de 200 mil habitantes do Brasil, o que nos levou à marca de 5 milhões de famílias filiadas”, conta o executivo. Em 2020, após consolidar seu projeto de expansão internacional iniciado no Chile e Colômbia, a empresa ampliou sua meta de crescimento para diversas regiões brasileiras, por meio do programa “Minha Franquia, Meu Negócio”, que tem o objetivo de transformar colaboradores do Cartão de TODOS em empresários e sócios franqueados.

O modelo de negócios do Cartão de TODOS é sustentado pelo conceito de Administração Solidária. Desenvolver um bom negócio para todos é um dos pilares da empresa e um objetivo de longa data. Seu modo de pensar subverte a lógica de que o que é bom custa caro. Ao oferecer produtos e serviços de qualidade, com o menor custo para seus clientes, a organização promove inserção social, ao mesmo tempo em que movimenta a economia das localidades em que atua, gerando valor para o maior número possível de atores envolvidos neste processo. 

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Em fevereiro de 2022, quase 30% das famílias de Manaus tinham contas atrasadas, o maior patamar desde 2010.

– A renda per capita do amazonense está em R$800, mais de R$ 500 abaixo da renda per capta nacional.

– No Estado, as mensalidades dos planos de saúde têm valor médio de R$ 896 (por adesão) e R$ 768 (individual). Mais do que isso, na faixa acima dos 59 anos, o valor médio ultrapassa os 2 mil reais.

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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